Globo Repórter refaz o caminho da lama dois anos após tragédia de Mariana

Equipe da TV Gazeta participou do programa que vai mostrar pesquisas inéditas

Por Comunicação - atualizado em 27/10/2017 as 10:20

Sullivan Silva | [email protected]

Foto: Rafael Zambe

Foto: Rafael Zambe

O programa também vai destacar os impactos ambientais causados à biodiversidade do Rio Doce

O programa Globo Repórter, da TV Globo, desta sexta-feira (27) refaz o caminho da lama dois anos depois da tragédia em Mariana (MG). Do local do rompimento da barragem da Samarco à devastação causada no Rio Doce e o encontro dos rejeitos de minério com o mar no litoral do Estado.

Três equipes de reportagem da TV Globo  , entre elas uma da TV Gazeta, participaram do programa que vai mostrar o que sobrou dos distritos de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, em Minas Gerais, e como os moradores ainda estão enfrentando problema. O programa também vai destacar os impactos ambientais causados à biodiversidade do Rio Doce e a seu entorno, como está o turismo e a vida dos pescadores em Regência, Linhares. Em Abrolhos, na Bahia, será mostrada a possível interferência da lama na reprodução das baleias.

De acordo com o repórter da TV Gazeta Mário Bonella, o foco do Globo Repórter são as pessoas atingidas pelo desastre. “A vida não voltou ao normal. A produtora Ana Rita Mendonça encontrou famílias, pescadores, comerciantes e empresários impactados diretamente. Tem pescador que hoje vende galinha”, disse.

Mário Bonella – junto com o cinegrafista Rafael Zambe, a produtora Ana Rita Mendonça, o operador de áudio Daivison Borges e o auxiliar técnico Francisco Calente – embarcou em um navio de pesquisa das universidades do Espírito Santo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul que acompanham os sedimentos no fundo mar, os peixes e as condições da água. Eles afirmam que Regência é a parte mais atingida, pois a lama continua chegando lá.

“O programa vai revelar resultados inéditos. O pesquisadores vão responder de que maneira esses peixes estão sendo contaminados. E se é possível consumir essa água e esse peixe”, revelou Mário.

Ainda no litoral do Espírito Santo, os pesquisadores do projeto Tamar acompanham o comportamento das tartarugas que desovam no local. “O curioso das tartarugas é que a desova é bianual. Então, as que estão chegando agora foram as que desovaram em 2015. O trabalho realizado neste ano é primordial para mostrar se a lama causou ou não impactos a elas.”

CBN Vitória prepara série de reportagens

A rádio CBN Vitória leva ao ar uma série especial sobre a tragédia nesta segunda (30), terça (31) e quarta-feira (01). O objetivo é trazer informações sobre as consequências ambientais, econômicas e sociais que o rompimento da barragem provocou no Espírito Santo. A série produzida pelos repórteres Rafael Monteiro, Kaique Dias e Caique Verli será transmitida durante os programas CBN Vitória e CBN Cotidiano. As matérias também vão ficar disponíveis no site gazetaonline.com.br/cbn_vitoria.

Opine

Envie o seu comentário para a Rede Gazeta. A sua participação é muito importante para nós.