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Trabalhar com diversidade e inclusão contribui para as empresas

Gabriela Augusto explica o impacto dessa escolha não só socialmente, como também no meio empresarial

Aumento do bem-estar, variedade de opiniões e ideias para resolução de problemas, aumento da identificação com o público a partir da representatividade e condições mais favoráveis para investimentos são alguns dos benefícios de trabalhar com programas de diversidade e inclusão nas empresas.

Além do aspecto, claro e necessário, de responsabilidade social, contribuindo para um mundo mais justo e igualitário, esses programas são estratégicos e diferenciais competitivos no mercado, conta Gabriela Augusto, Diretora Fundadora da Transcendemos, em entrevista coletiva, na última sexta (15/10), aos residentes da Rede Gazeta de 2021.

Gabriela Augusto é fundadora da Transcendemos Consultoria /Foto: Reprodução (@gabriela.aug)

A diversidade é composta pelas diferenças entre os indivíduos como: gênero, raça, etnia, sexualidade, classe, deficiências e idade. Já a inclusão, para Gabriela, se relaciona com a experiência que a organização oferece às pessoas. “São dois conceitos bem diferentes, que muitas vezes são confundidos pelas pessoas, mas devem ser vistos com outro olhar”, esclarece.

Juntos, os dois temas são cada vez mais exigidos e almejados nas organizações. De acordo com a Pesquisa Global de Diversidade e Inclusão realizada pela PwC, para 76% dos entrevistados, a diversidade é um valor declarado ou de prioridade para as respectivas organizações.

Público interno e público externo

Para o público interno da empresa, o respeito às diferenças aumenta o bem-estar no ambiente, o potencial de crescimento dos funcionários, a integração entre as equipes e consequentemente a produtividade e a eficiência da empresa. Somado a isso, um ambiente com diversidade de indivíduos é composto por diferentes pontos de vista, agregando ao trabalho conhecimentos e habilidades que podem contribuir para inovação e resolução de problemas com uma proposta final mais enriquecida e completa.

“O primeiro passo é rodar um diagnóstico, levantando esses dois conjuntos de indicadores [diversidade e inclusão], entendendo como as pessoas se sentem, falando de experiência: se as pessoas se sentem pertencidas, se eles estão felizes na empresa, se elas sentem que têm igualdade de oportunidades. A gente consegue cruzar isso com os dados de demografia e entender o quão feliz uma mulher negra está comparada a um homem negro”, explica a diretora sobre o processo da Transcendemos.

Gabriela Augusto
Diversidade no trabalho impulsiona as empresas /Foto: Reprodução (@gabriela.aug)

Externamente, a população quer se ver representada nas empresas e, quando de fato está, esse público pode virar um potencial cliente e consumidor. No mercado o índice ESG (Environmental, Social and Governance), que avalia as práticas ambientais, sociais e de governança das corporações, também demonstra que, no eixo social, a diversidade e a inclusão são indispensáveis.

O avanço lento dessa diversidade e inclusão

Apesar da importância atribuída a esses programas, as oportunidades de trabalho ainda são muito desiguais. Um levantamento da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) estima que apenas 4% das mulheres trans e travestis possuem um emprego formal e 6% possuem um emprego informal. A grande maioria, 90%, tem a prostituição como única fonte de subsistência no Brasil.

A presença de mulheres em cargos de gerência também mostra essa desigualdade. De acordo com os dados do levantamento Estatísticas de Gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019 apenas 37,4% dos cargos gerenciais eram ocupados por mulheres no país.

A desigualdade é ainda maior na intersecção gênero e raça. Segundo relatório da ONU Mulheres, o trabalho doméstico informal concentra uma das maiores forças de trabalho das mulheres no Brasil: cerca de 90% das 6 milhões de profissionais. Dentre estas, 60% são mulheres negras.

Aplicar a diversidade e inclusão traz inúmeros benefícios, como aumento do bem-estar e da produtividade, além de outros citados anteriormente, mas por que essa política ainda caminha lentamente? Para Gabriela Augusto, o principal empecilho para uma empresa não fazer essa escolha é a ignorância de não compreender os benefícios e não olhar esses temas como estratégicos para a empresa.

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