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O jornalismo e o mundo de possibilidades

 Formando em jornalismo, Israel Magioni fala sobre sua história e a escolha do jornalismo como profissão 

O sorriso tímido do começo da entrevista contrasta com o riso solto após uma pergunta sobre carnaval. É como se o jornalista se permitisse abrir à medida que ficasse seguro com a entrevista. Aos 23 anos, Israel Magioni se mostra como uma caixa de possibilidades. 

Filho de uma técnica de enfermagem e um autônomo, o jovem sempre teve o sonho de trabalhar com televisão e viu no jornalismo a porta de entrada para alcançá-lo. Nesse trajeto descobriu outros amores, como a política, a cultura e a escrita.

Juntando os três temas, escreveu um livro-reportagem como trabalho de conclusão de curso, “Histórias para ninar gente grande”, mesmo nome do enredo da sua escola do coração, Estação Primeira de Mangueira. Nele, o autor decidiu recontar a história do Brasil sob a ótica dos povos negros, indígenas e pobres, a partir de sua própria.

Enredos de carnaval são uma das paixões de Israel

O sorriso se transforma em olhar reflexivo quando nos conta os trajetos que fazia para ter acesso ao ensino. Depois de conquistar uma vaga no Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes- Colatina), o estudante precisava pedalar cerca de 5 km até a área urbana de Baixo Guandu, de onde saía o ônibus à escola antes mesmo do sol nascer. “A rotina era puxada, sobretudo, na retorno, por volta de 13h. Baixo Guandu é uma das cidades mais quentes do estado, pedalar no sol cansa. No entanto, eu faria tudo de novo”, cita.

No IFES nasceu o amor pelo handebol. Capitão do time da escola, apresenta com orgulho as medalhas conquistadas. Segundo ele, o talento para o esporte veio da mãe, goleira na juventude. Do pai veio a paixão pelo futebol, contudo, a falta de habilidade com os pés fez com que Israel seguisse o caminho fora das quatro linhas, torcendo (pelo Flamengo) ou trabalhando.

A mesma situação ocorre nos carnavais. O jornalista descreve-se como um comentarista do “maior espetáculo do mundo”. Aqui, o sorriso era descontrolado, tamanha a empolgação ao contar sobre as coberturas realizadas e sobre a descoberta do carnaval quando menino. “Certeza que minha relação com o samba e o carnaval vem de sangue. Era a única atração não-cristã que minha mãe me permitia ver quando criança, porque via minha felicidade. Isso quando não me flagrava sambando atrás do galinheiro de casa”, revela. 

Samba não é o único ritmo da vida do estudante. Fã declarado de Beyoncé, o jornalista argumenta que a cantora trabalha com excelência para além da música, com clipes, filmes e álbuns que falam sobre empoderamento, cultura, raízes e política – este último tema frequentemente presente em sua vida e uma das áreas que pretende seguir no jornalismo.

Ao encerrar, Israel diz o porquê de ser jornalista. “Vejo o jornalismo como um mundo de possibilidades e onde eu posso falar sobre os mais variados assuntos. Gosto de muita coisa e gosto de entender sobre elas, ouvindo, lendo, e o jornalismo me permite isso. Sendo bem clichê, acho que eu não descobri o jornalismo, ele me encontrou e sou grato por isso”.

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