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Pandemia de Covid-19 deve se tornar uma endemia em 2022

Se você veio ler esta matéria com a expectativa de ler que a Covid-19 deve acabar, sinto lhe dizer, mas continuaremos a ouvir sobre essa doença por um tempo. Realmente o fim da pandemia está próximo, no entanto, isso não significa que é o fim do vírus, mas sim, uma mudança de nível epidemiológico. Em 2022, a Covid-19 deve sair de uma pandemia para uma endemia, e isso é uma boa notícia.

Cientistas e autoridades já olham para o futuro e enxergam como será a saída do cenário pandêmico. A expectativa é que os primeiros países a saírem da pandemia sejam aqueles com as maiores taxas de combinação entre o percentual de população vacinada e de imunidade natural entre pessoas que já foram infectadas pelo coronavírus.

Diante desse cenário, atualmente, o Brasil tem 125.512.839 de pessoas totalmente vacinadas (dose única ou duas doses), o equivalente a 58,84% da população brasileira. Além desse número de imunizados, 21.965.684 de brasileiros foram contaminados pelo coronavírus.

CUIDADOS PERMANECEM

Para o médico infectologista Lauro Ferreira Pinto, a Covid-19 deve continuar exigindo cuidado das autoridades de saúde e se tornar endêmica, que é quando as pessoas precisam conviver com aquela doença.

“Uma melhor aposta agora é que esse vírus vai ficar endêmico e circulando. Provavelmente, terá muito menos estrago por conta do grau de pessoas imunizadas ou já expostas. Mas ele ainda exigirá da autoridade sanitária e do serviço de saúde alguns cuidados na prevenção”, afirma o médico.

O QUE É UMA ENDEMIA

Endemia significa a presença de uma doença numa determinada comunidade sem ser de forma explosiva. É o caso da dengue. “A dengue é uma doença endêmica no Espírito Santo e no Brasil, por exemplo. De vez em quando ela tem surtos. Então, ela tem uma frequência mais ou menos estabelecida”, diz o infectologista Carlos Urbano.

Além da endemia e da pandemia, existe outro nível epidemiológico: a epidemia. Diferentemente da endemia, uma epidemia é quando uma doença ultrapassa os níveis comuns e chega a ter um grande aumento no número de casos num curto período de tempo. Quando essa situação passa a envolver vários países, ela se torna uma pandemia, o que aconteceu com a Covid-19 em março de 2020.

Vacina como principal aliada

A vantagem de uma endemia sobre uma pandemia é o controle sobre a propagação da doença. Na situação atual da pandemia de Covid-19, a principal aliada na transição de um nível pandêmico para uma endemia é a vacinação. Além de diminuir a gravidade da doença, os imunizantes também ajudam a impedir a criação de novas variantes.

“A melhor maneira de evitar as mutações do coronavírus é vacinando em larga escala toda a população. Com menos casos, menor é a chance de o vírus se multiplicar. Se ele se multiplica menos, ele vai ter menos mutações”, explica Carlos Urbano.

Vacina é e continuará sendo a principal aliada na luta contra a Covid-19 (Foto: Pixabay)

Para os especialistas, o Sars-Cov-2 continuará sofrendo mutações mesmo com a Covid-19 sendo considerada uma doença endêmica. De acordo com Lauro Ferreira, essas mutações podem atrapalhar o processo de fim da pandemia, no entanto, o médico infectologista não espera mais nenhuma catástrofe como foram as duas grandes ondas de coronavírus no Brasil.

Convivio com a doença

Os brasileiros terão que lidar com a Covid-19, assim como convivem com a dengue e a malária, por exemplo. Diferentemente dessas duas doenças, a enfermidade causada pelo Sars-CoV-2 é transmitida pelo ar e, por conta dessa forma de transmissão, se aproxima da gripe, que é causada pelo vírus influenza.

Leia mais: Avanço na vacinação contra a Covid não é sinal verde para que as praias capixabas fiquem lotadas no fim de ano

No Espírito Santo, a Covid-19 continuará a ser alvo de combate em 2022, quando a doença deve se tornar endêmica, também na visão do secretário estadual de Saúde do Espírito Santo, Nésio Fernandes. Para ele, a vacinação é fundamental para combater o coronavírus no estado capixaba.

“Nós sabemos que, com as vacinas disponíveis, é possível reduzir mortalidade, internações e, a curto prazo, a circulação do vírus. Por isso, a vacinação de reforço para 2022 é uma certeza”, afirmou Fernandes. O secretário ainda diz esperar estudos e pesquisas para saber sobre a vacinação permanente contra a Covid-19 nos próximos anos.

Fim da Covid-19? Não!

A possível mudança para um caráter endêmico não significa o fim da Covid-19. Nessa nova forma de classificar a doença, alguns surtos localizados de Covid-19 ainda poderão acontecer.

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