Pipoca, máscaras faciais, água de coco, canetas e outros itens foram vendidos próximo às seções eleitorais em muitos pontos da capital capixaba
Com o maior movimento de pessoas nas ruas por conta das eleições municipais, muitos ambulantes tentam aproveitar a data para faturar uma grana extra neste domingo (15).
Seu Raimundo Lopes Moreira tem 66 anos e trabalha vendendo pipoca há 38 anos, 20 deles na porta da Faculdade de Direito de Vitória (FDV), no bairro Santa Lúcia, na capital capixaba. No local, são instaladas várias seções eleitorais, o que garante o fluxo de pessoas durante todo o dia. Ele garante que vale a dedicação no dia da votação, e não perde a oportunidade de aproveitar para faturar um dinheiro extra.
Na porta da escola Ceciliano Abel de Almeida, no bairro Itararé, Pamylla Canal, de 27 anos, vendia paçoquinha e chup-chup no final da manhã. É a primeira vez que ela trabalha num local de votação e, segundo Pamila, o ponto estava ótimo para vendas por causa da alta temperatura deste domingo. Ela mora em Venda Nova do Imigrante, e optou por justificar seu voto para aproveitar o dia de vendas.
Todos os anos, é comum ver barracas de água e comida em frente às seções, mas, este ano, por conta da pandemia do novo coronavírus e das novas regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), máscaras também entraram para a lista de produtos procurados pela população antes de votar.
As normas do TSE para votar foram uma motivação a mais para que Daniela Santana de Oliveira, de 35 anos fosse para a porta da escola de seu bairro para vender máscaras. Ela é depiladora, mas perdeu o emprego nesta pandemia, e tem auxiliado a sogra costureira com a confecção e venda de máscaras nos últimos oito meses.
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A depiladora disse que muitas pessoas esqueceram o equipamento obrigatório de proteção e se aproveitaram da praticidade de comprar com ela na porta do local de votação, garantindo a renda extra para ajudar na casa que mora, com seus dois filhos e o marido. Daniela contou ainda, que chegou às 6h30 da manhã para montar seu estande e o marido ficou cuidando das coisas enquanto ela ia votar num colégio próximo, também no bairro de Itararé.