OBRA DA BR-447 PROMETE FACILITAR A VIDA DO CAPIXABA NO TRÂNSITO, MAS SÓ FICA PRONTA EM 2021

O trecho, que inclui um viaduto, terá 4,3 km de extensão e trata-se de um corredor logístico que fará a ligação da BR-101 e da BR-262, em Cariacica, com a rodovia Leste-Oeste e a Darly Santos, em Vila Velha. 

 A BR 447 é uma obra execução pelo Governo Federal por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).  De acordo com a assessoria da prefeitura de Cariacica, o objetivo da construção é criar um novo acesso para o tráfego de veículos pesados que se destinam ao Porto de Capuaba, em Vila Velha. 

Diariamente, na região do Terminal Campo Grande, passam cerca de 60 mil veículos, o que causa engarrafamento e transtornos para quem faz o caminho todos os dias. A redução no tráfego de caminhões deve aliviar o trânsito no centro de Cariacica, e a previsão é de que um trajeto que demorava de 30 a 40 minutos, sem trânsito, seja reduzido para 15 minutos. O trajeto também deve facilitar o acesso ao Cais de Capuaba e a logística de carga e descarga de mercadorias no Porto de Tubarão, em Vitória. 

De acordo com o Dnit, os recursos para a obra são todos federais e a projeção do órgão é de que sejam gastos mais de R$ 179 milhões de reais até a conclusão dos trabalhos, prevista para setembro de 2021. 

Atualmente, os processos de drenagem, cerca na faixa de domínio, preparo de sub base na interseção da BR-101/ES e execução de fundação de viaduto sobre linha férrea, estão sendo sendo efetuados no local. O Dnit garantiu, ainda, que não houve atrasos por causa da pandemia do coronavírus. 

A expectativa do governo capixaba é de que a obra agregue mais valor estratégico e logístico para a região, atraindo empresas e empreendimentos habitacionais.

Com apenas 15 anos, Loov-U mistura português, inglês e muito romantismo na música eletrônica

Artista tem mais de 15 músicas lançadas e acumula 500 mil reproduções no Spotify

Loov-U, de 15 anos já faz sucesso nas plataformas digitais. Fonte: Divulgação

O sucesso na música nem sempre está aliado a tempo de estrada ou experiência no meio. Com combinação de talento e determinação, o topo das paradas pode estar bem mais próximo.

Alex Calderon, DJ de apenas 15 anos, nasceu na Espanha, mas veio para o Brasil ainda novinho, aos 4 anos. Ele mora em São Paulo e adotou o nome artístico de DJ Loov-U.

Loov-U se considera um artista multicultural e essa influência que ele leva para o seu trabalho. “Minha mãe é brasileira e meu pai é metade sueco e metade espanhol. O mix dessas duas culturas fez com que meu trabalho ficasse mais diversificado”, explica.

Fenômeno precoce: DJ Loov-U já tem músicas tocadas em países do exterior. Fonte: Divulgação

O artista escreve suas próprias músicas desde os 11 anos, mas a pouca idade não o impede de compor canções que falam sobre temas que atingem todas as idades, como a importância do amor próprio e as angústias e alegrias dos relacionamentos amorosos.

Sentimentos leves e de amor são expressados nas letras e na melodia, refletindo a personalidade do jovem.

Em seu novo single, “Good to Me”, lançado no final de novembro, Loov-U mistura uma batida que oscila entre a melancolia e a animação. O ritmo da música é dançante e tem potencial para embalar as baladas jovens.

A letra é forte e teve como inspiração um relacionamento anterior do DJ e tudo o que o marcou nessa experiência. “Criei essa música simplesmente pensando no quão difícil é ficar com uma pessoa tão incrível, sendo que você não se acha alguém especial. Durante toda a canção, eu faço múltiplos elogios sobre a pessoa com quem eu estou e, ao mesmo tempo, reflito sobre a confiança em um relacionamento”, comenta Loov-U.

O nome artístico do DJ também tem tudo a ver com esse estilo romântico adotado por ele. Loov-U é uma referência ao amor e as chamadas “love songs”, grandes inspirações para o jovem.

Loov-U citou Martin Garrix, como sua grande inspiração, o artista que o fez entrar no mundo da música. Said the Sky, Boy in Space e Lauv, grandes nomes do gênero, também são citados entre suas referências no cenário musical. “A mistura de estilos de todos esses artistas me fez viajar de uma forma diferente, não me fixando a uma única forma de fazer música”.

O nome do DJ faz referência ao gênero das “love songs”, as chamadas músicas românticas. Fonte: Divulgação

Já são mais de três anos trabalhando no ramo e Loov-U afirma que cada composição surge de uma maneira diferente. O DJ conta que, às vezes,  a melodia vai guiando seu trabalho e tudo começa por ela. Em outras vezes, uma batida ou um acorde o inspiram. “O instrumental demanda um bom tempo para deixar tudo perfeito. Só depois que eu desabafo tudo o que estou sentindo naquele momento. No final, é sempre muito gratificante ver pronto um trabalho que demanda muito tempo”, confessa o artista.

Com músicas tocadas nos Estados Unidos, Austrália e Japão, Loov-U promete que é só o começo e que ainda vai chegar muito mais longe. As músicas do DJ podem ser ouvidas nas principais plataformas digitais, como Spotify, Deezer e Amazon Music.

“Vix Estórias Capixabas” mistura artes tradicional e contemporânea do ES

A mostra marca a reabertura do Museu de Arte do Espírito Santo – Dionísio del Santo (Maes) e fica em cartaz até março de 2021

A exposição “Vix Estórias Capixabas” marca a reabertura do Museu de Arte do Espírito Santo – Dionísio del Santo (Maes). A mostra, em cartaz desta quinta-feira (3) a 3 de março de 2021, foi elaborada a partir do trabalho de dois grandes artistas capixabas: Elpídio Malaquias (1919-1999) e Dionísio Del Santo (1925-1999).

O coletivo é composto de obras de 23 artistas locais, nacionais e internacionais contemporâneos exibidas no museu de um modo que o público possa relacioná-las à arte de Elpídio e Dionísio. São nomes que vão do reconhecido Hilal Sami Hilal a artistas muito jovens, que iniciaram as suas produções há muito pouco tempo.

A intenção da mostra é fazer com que o público enxergue a relação entre o conceito de dois artistas que não estão mais vivos, Elpídio e Dionísio Del Santo, com um grupo enorme de artistas contemporâneos, que fazem parte do acervo do museu e representam o patrimônio artístico e cultural do Espírito Santo.

“A exposição toda estabelece diálogos entre os artistas de uma maneira muito sutil, muito poética. Parte desses artistas se relacionam com Elpídio, parte desses artistas se relacionam com Dionísio, mas a partir de linhas poéticas que não necessariamente são tradicionais”, ressalta Ana Luiza Bringuente, diretora do Museu.

Nascido em Cariacica, Malaquias se destacou por ser autodidata e pelo talento com tinta a óleo brilhante e esmalte sintético. Suas produções artísticas são marcadas pela influência do ambiente rural com bichos e flores sempre presentes. A religiosidade também foi uma característica marcante nas obras do pintor que retrata figuras humanas como santos católicos.

Frases com escrita simples que formavam uma poesia também podem ser encontradas em suas obras. Em poucas palavras, Elpídio Malaquias expressa com melodia e musicalidade o sentimento que deseja passar com seus desenhos.

O segundo capixaba que inspira a exposição trata-se de Dionísio Del Santo – artista colatinense que dá nome ao museu no centro de Vitória. Dionísio produziu pinturas, desenhos, gravuras, serigrafia e poesia. O uso de formas geométricas é um de seus traços mais marcantes, além de explorar diferentes efeitos visuais por meio de ilusões de ótica e combinações de cores fortes.

Além das obras Elpídio Malaquias e Dionísio Del Santo, a exposição vai contar com as obras de Aýla Lourenço, Castiel Vitorino, Cinthia Marcelle, Cristiano Lenhardt, Elisa Queiroz, Fabio Morais, Felipe Barbosa, Gabriel Borem, Gui Castor, Hilal Sami Hilal, Julio Tigre, Kevin Simón, Manuel Carvalho, Marcone Moreira, Maurício Salgueiro, MV, Pablo Lobato, Paulo Climachauska, Rafael Pagatini, Rick Rodrigues, Rosana Paste, Rosindo Torres e Rubiane Maia.

APOSTA NO ON-LINE

A exposição “Vix Estórias Capixabas” vai contar com uma vasta programação on-line, como ações de formação de professores, palestras e ciclo de encontros com artistas e pesquisadores, por via das redes sociais e ferramentas de videochamadas, com a criação de salas de conferência para os participantes. Haverá também um vídeo que apresentará, virtualmente, a exposição em que a Secretaria da Cultura (Secult) e o MAES irão transmitir em suas redes sociais, e pela TV Educativa (TVE), alcançando inclusive a TV aberta.

De acordo com a diretora do MAES, será utilizado todas as redes sociais e canais de retransmissão para a ampla divulgação deste material, sem contar que todo esse conteúdo ficará disponível posteriormente para pesquisas futuras.

“O Maes é um espaço cultural do Estado que, de alguma maneira, tem que prover formas para alcançar todas as camadas sociais, nas mais diversas regiões do Estado, e a gente precisa pensar em todas as medidas alternativas de alcance. Por isso, a internet cumpre esse papel de forma parcial e vamos investir nesse formato igualmente para o registro como legado para estudantes e pesquisadores da arte. Sobre a parceria pela TVE, a nossa expectativa é que a transmissão do vídeo pela TV aberta chegue a um número maior de pessoas”, enfatiza Ana Luiza Bringuente.

REABERTURA E PROTOCOLOS

A reabertura do MAES, nesta quinta-feira (03), contará com uma solenidade de abertura, às 16 horas, com a presença do governador do Estado, Renato Casagrande, e do secretário de Estado da Cultura, Fabricio Noronha.

A Secretária de Cultura ressaltou que o evento irá respeitar todos os protocolos sanitários e de distanciamento social estabelecidos pela pandemia de COVID -19. Já as visitas, abertas até 3 de março de 2021, poderão ser feitas de forma presencial em grupos de até 10 pessoas por rodada seguindo as medidas sanitárias obrigatórias.

REGRAS PARA VISITAÇÃO

-Para entrar no MAES, será obrigatória a utilização de máscara e será disponibilizado álcool em gel para os visitantes;

– Para grupos de visitantes espontâneos, de até cinco pessoas, não será necessário o agendamento prévio em uma agenda pelos períodos da manhã e da tarde.

– Para grupos entre cinco e dez pessoas, o agendamento prévio é obrigatório e será confirmado por e-mail pela equipe do museu. O contato deve ser feito pelo email [email protected], e podem tirar dúvidas pelo telefone (27) 3132-8393.

– Os grupos serão divididos em dois grupos de cinco para serem atendidos por dois educadores, que vão atuar no espaço.

– O museu terá um funcionamento reduzido, de 10h às 16h, de terça a sexta, e aos sábados e domingos, de 12h às 16h, por conta da pandemia, com horários que podem ser redefinidos após o fim do decreto que normatiza as medidas sanitárias obrigatórias.*

SERVIÇO

Reabertura do Museu de Arte do Espírito Santo Dionísio Del Santo (MAES) + Exposição “Vix Estórias Capixabas”Abertura: 03 de dezembro, quinta-feira, às 16 horas.Visitação: 04 de dezembro, sexta-feira, até o dia 03 março de 2021, quarta-feira.Agendamento de grupos de até 10 pessoas pelo e-mail [email protected]

MUSEU DE ARTE DO ESPÍRITO SANTO – DIONÍSIO DEL SANTO (MAES)

Onde: Avenida Jerônimo Monteiro, 557, Centro, Vitória.Funcionamento: Segunda-feira a sexta-feira: das 10h às 16h; Sábados: das 12h às 16h; Domingos e feriados: das 12h às 16h;Informações: (27) 3132-8393

Vai reformar o apartamento? Veja cinco dicas para não entupir sua cabeça

Especialistas dão conselhos para evitar problemas que vão desde a aplicação de multas até o embargo das obras.

A palavra reforma é, para muitos, sinônimo de dor de cabeça. Se por um lado o apartamento decorado e reformado com o nosso gosto é o sonho de vários proprietários, por outro, todo o processo de modificação, remodelação e construção do imóvel pode virar um pesadelo.

A situação pode ficar ainda mais preocupante quando o período de reforma começa a passar do tempo e valor combinados. Problemas como estes podem ser evitados mas, para isso, alguns cuidados devem ser tomados no momento de iniciar as obras. 

Para te ajudar nesta saga da reforma, listamos algumas precauções que merecem uma atenção redobrada. Confira:

-Sempre procurar um profissional registrado para o trabalho.

Parece até óbvio, mas um levantamento do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU-BR) e Instituto Datafolha feito em 2015, mostra que a ausência desse tipo de profissional é um problema em 85% das obras de todo o país.

Esse número é reforçado pelo arquiteto, professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e diretor do Instituto de Arquitetos do Brasil/Espírito Santo (IAB/ES), Tarcísio Bahia. De acordo com o professor, “um profissional habilitado corresponde a um investimento, e não um custo para a obra”. 

Além de elaborar um projeto que se encaixe no orçamento previsto pelo cliente, o profissional tem conhecimento das leis e normas que se aplicam a uma reforma, e cabe a ele a responsabilidade de providenciar a emissão dos documentos em órgãos responsáveis como o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) ou o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU).

A contratação de um profissional não apenas evita dor de cabeça na obra, como também é obrigatória por lei. Um engenheiro, um arquiteto ou um técnico em edificações precisa assinar o documento de responsabilidade técnica pela execução da obra. Caso contrário, a reforma poderá ser embargada pela fiscalização da prefeitura e o proprietário do imóvel está sujeito a multa.

-Elaboração de um projeto

A elaboração do projeto junto ao profissional contratado é essencial. Esse planejamento inicial que vai definir a dimensão dos ambientes, iluminação, ventilação. Em se tratando de um apartamento, o projeto inicial deve ser solicitado ao condomínio. Desta forma, o técnico poderá fazer uma avaliação das instalações elétricas e hidráulicas para que não haja dano à estrutura do imóvel.

“A falta de um profissional pode gerar muitos problemas, principalmente em condomínios. Esse cuidado tem que ser ressaltado ou a reforma vira uma tragédia anunciada”, reitera o vice-presidente do CREA do Espírito Santo, o engenheiro civil Ricardo Guariento.

Um bom projeto não é mera formalidade, mas sim uma espécie de garantia contra imprevistos no meio do caminho. Ele serve para detalhar todos os itens necessários para sua obra e ainda colher os orçamentos de todos os profissionais envolvidos.

Reforma em apartamento. Créditos: creative commons

-Regras do condomínio

Evitar atritos com quem você divide o elevador é sempre o melhor caminho. E para reformar um apartamento, o conflito é facilmente evitado quando se segue um conjunto de normas que já estão estabelecidas.

Ricardo Guariento explica que, além de pedir permissão para a administração, é preciso atentar-se às regras acordadas entre os condôminos caso queira, principalmente, alterar a fachada do prédio. O projeto deve ser apresentado para aprovação dos outros moradores. Além disso, deve-se respeitar os dias e os horários permitidos para a obra, manter as áreas comuns limpas e o uso dos elevadores permitidos 

-Escolha de materiais

Gostar de um material ou escolher pelo preço mais baixo não podem ser critérios suficientes para decidir algo durante uma obra. É fundamental optar por produtos que apresentam maior qualidade e resistência para a reforma da casa. Comprar o mais barato pode te obrigar a trocar os itens em pouco tempo, causando dores de cabeça e mais despesas na obra. 

Pense também nos riscos que materiais sem qualidade e garantia podem oferecer para sua casa e família. É preciso sempre pensar na sua funcionalidade dentro do contexto onde será utilizado e escutar as orientações do profissional contratado.

Uma das dicas dada pelo engenheiro e vice-presidente do CREA diz respeito a qualidade das tintas. De acordo com ele, quando se trabalha em uma área interna, você pode usar uma tinta de menor qualidade. “Não estou recomendando usar uma tinta ruim, mas não precisa ser a mesma usada para ambiente externo, pois o material não sofrerá com incidências de raios solares ou água da chuva”, explica. 

Errar no cálculo da quantidade de material também é um deslize comum. Há casos, ainda, que produtos como porcelanato e azulejo saem de linha ou são quebrados durante a obra. O ideal é criar uma margem de segurança  entre 10% a 15% para imprevistos no orçamento.

“Durante a pandemia, a demanda por materiais de construção cresceu muito. Muitos aproveitaram o momento para realizarem pequenas obras e manutenções em seus lares. O mercado teve uma dificuldade para acompanhar esse crescimento e chegou a faltar material de qualidade”, informa o arquiteto Tarcísio.

Descarte de entulho

A retirada de entulho da construção civil é orientada por normas ambientais, já que o que é material que é descartado representa uma grande porcentagem de resíduos gerados em centros urbanos. 

Tudo aquilo que é descartado de construções, pequenos reparos, reformas, e até mesmo demolições vira lixo e cabe ao responsável pela obra descartá-lo no local adequado. 

A melhor forma de fazer o descarte do entulho é contratando uma empresa que  faz locação de caçamba de entulho. O arquiteto informa que é necessária atenção ao fazer essas contratações. “É preciso verificar o histórico da empresa e se ela está registrada”.

Esses escombros da construção devem ser encaminhados aos aterros ou locais indicados pelo poder público. O dono do imóvel pode ser responsabilizado em caso de descarte incorreto.

“Quando o entulho é em baixa quantidade, há a alternativa de procurar uma caçamba próxima ao local, localizar a pessoa que está alugando e se propor a pagar para descartar o material ali, usando parte da caçamba”. Esta foi outra dica dada por Ricardo Guariento.

A casa dos sonhos não precisa se tornar um pesadelo sempre. Basta se precaver buscando a segurança do imóvel e da sua família. Com planejamento e auxílio de quem entende, é possível afundar a mão na massa sem se afogar em problemas.

INSS vai iniciar teleatendimentos de perícia médica no dia 16 de novembro

Projeto piloto que conta com atendimento virtual de peritos deve se estender até janeiro do ano que vem e poderá ser feito apenas para a concessão do auxílio-doença

O Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) vai iniciar um projeto de teleatendimento de perícia médica. A previsão é de que os atendimentos comecem na próxima segunda-feira (16). O serviço online foi um pedido do TCU (Tribunal de Contas da União) ao INSS para reduzir a fila de concessão de benefícios. 

De acordo com a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, o objetivo é de dar maior efetividade à experiência de realização das Perícias Médicas com Uso da Telemedicina (PMUT). A Secretaria Especial juntamente com a Secretária do Trabalho realizou reunião com o Conselho Federal de Medicina e a Associação Nacional de Medicina do Trabalho para aperfeiçoar o protocolo e dar cumprimento à decisão do Tribunal. Foi dado início então a tratativas entre os técnicos dos órgãos para detalhamento do procedimento.

O início da implementação do protocolo se deu com a adequação de sistemas e normativos, que estão em fase de finalização pela Subsecretaria de Perícia Médica Federal, INSS e DATAPREV.

A PMUT será aplicada apenas para a concessão de auxílio por incapacidade temporária para o trabalho dos empregados das empresas que possuem acordo de cooperação com o INSS firmado até o dia 6 de outubro e que assinarem o termo de adesão à experiência do teleatendimento. (veja no final da matéria como saber a situação da sua empresa)

Essas empresas possuem médicos do trabalho para atender os empregados e, geralmente, são companhias de médio e grande portes. No atendimento, o médico da empresa terá que realizar todos os testes solicitados pelo perito médico federal e responder a questionamentos. Ele não poderá intervir nas perguntas feitas diretamente ao funcionário.

A Secretaria Especial de Previdência e Trabalho ressaltou que, por se tratar de ato médico resguardado por sigilo, não será possível filmar ou ter acesso a imagens das perícias que vierem a ser realizadas. 

A Associação Nacional dos Peritos Médicos Federais (ANMP) se posicionou contra o teleatendimento, afirmando que trata-se de flagrante violação à leis federais, ao Código de Ética Médica, às normas do Conselho Federal de Medicina e até mesmo ao Código Penal. A ANMP recomendou que os peritos não participem ou aceitem realizar atendimento da modalidade remota. 

De acordo com a associação, o profissional estaria cometendo diversas violações legais e éticas que poderão ocasionar a instauração de processos administrativos disciplinares, processos éticos disciplinares e processos criminais contra si. 

A associação chegou a ajuizar um mandado de segurança ao Supremo Tribunal Federal (STF), contra a decisão do TCU que determinou ao INSS e à Subsecretaria de Perícia Médica Federal do Ministério da Economia que, no prazo de cinco dias, elaborassem um protocolo para a realização imediata de perícias médicas com uso da telemedicina. A ação, no entanto, foi rejeitada pela ministra Rosa Weber.

De acordo com a magistrada, a vedação à telemedicina pelo Conselho de Medicina se aplica a períodos de normalidade, e não abrange a “excepcionalidade da crise ocasionada pela pandemia de coronavírus”.

A ministra ressaltou que a ordem de elaboração de protocolo não tem impacto direto e imediato nos direitos individuais homogêneos ou direitos coletivos dos associados da ANMP, pois a determinação é de que órgãos de governo criem um protocolo emergencial para a realização do procedimento. 

COMO SABER SE SUA EMPRESA ADERIU A PERÍCIA MÉDICA COM O USO DA TELEMEDICINA?

De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, até dia 17 de novembro, Três empresas que aderiram ao protocolo piloto de perícias com uso de telemedicina e já estão habilitadas para a realização do procedimento:

-YABORA INDUSTRIA AERONAUTICA S.A

-EMBRAER S.A.

-ELEB EQUIPAMENTOS LTDA

O funcionário deve buscar o RH da empresa para saber se ela está no projeto. 

A secretária informa ainda que os direitos do segurado estão garantidos caso deseje recorrer. Após um indeferimento por Perícias Médicas com Uso da Telemedicina (PMUT) ele poderá solicitar novo requerimento no dia seguinte por perícia presencial.

CAFÉ ARÁBICA BATE O PIOR ÍNDICE DE EXPORTAÇÃO DOS ÚLTIMOS 30 ANOS

Documento divulgado pelo Centro de Comércio de Café de Vitória (CCCV), escancara os problemas de logística de carga no Espírito Santo.

O café arábica é apontado como matéria-prima dos melhores cafezinhos do mundo. Fino e requintado, esse tipo de café costuma passar por cuidados minuciosos desde a lavoura até o ensacamento. Isso resulta em um grão com notas complexas e maior valor de mercado. 

Apesar de todas essas qualidades, estimativas do último relatório do Centro de Comércio de Café de Vitória (CCCV) indicam que o volume de exportação de café tipo arábica pelo Estado em 2020 será o menor dos últimos 30 anos.

O documento, divulgado em outubro, aponta que se os meses de novembro e dezembro repetirem a exportação média de arábica apurada de janeiro a outubro, ou seja, 98 mil sacas aproximadamente, a exportação total de arábica no ano ficará cerca de 20% menor do que no ano anterior, em torno de 1,2 milhão de sacas. Entre 2016 e 2019, a média era de 1,5 milhão.

O relatório ainda ressalta que o dado é ainda mais preocupante já que que trata-se de um ano em que a planta produz mais, e ainda num ano em que o cenário cambial esteve favorável às exportações

O Espírito Santo é o segundo maior produtor de café do país (conilon e arábica). Mas, de acordo com o presidente do CCCV, Márcio Candido Ferreira, há um problema no escoamento dessa produção, decorrente da infraestrutura do Estado.

“O acesso ao Porto de Vitória, inclusive por causa do Penedo, é complicado. Isso não era um problema tão grande lá atrás, mas a situação foi se agravando ao longo dos anos. Os navios mais modernos tem dimensões que inviabilizam o acesso ao porto. As obras realizadas nos últimos anos, como o trabalho de dragagem e o novo berço do TVV, ajudaram, mas não solucionaram por completo o problema”, afirma Márcio.  

Ele salienta que falta ao Estado a estrutura portuária para dar viabilidade econômica à operação logística e, assim, voltar a atrair a safra de café arábica do Espírito Santo e do leste de Minas Gerais. Mas destaca que portos como o da Petrocity, Imetame e Porto Central, podem contribuir para uma melhora nas atividades de exportação. 

Até 2002, todo o volume exportado pelo Espírito Santo embarcava no Porto de Vitória e seguia direto para os Estados Unidos e Europa – diferente do que ocorre atualmente, uma vez que os navios agora são bem maiores e não entram no canal estreito e raso do centenário porto da cidade.

Naquele mesmo ano, o Porto de Vitória bateu o recorde de seu volume de exportação: foram exportados 4 milhões e 300 mil sacas. Mas a produção cresceu nessas quase duas décadas, principalmente nas regiões da zona da mata mineira que fazem fronteira com o Espírito Santo. 

“Trazer o café da Zona da Mata para o Espírito Santo é muito mais barato do que levar para o Rio de Janeiro. Em 2002, mais de 4 milhões de sacas foram exportadas, sendo que a produção era muito menor do que a de hoje. Atualmente, projetamos exportar 1 milhão e 200 mil sacas, menos da metade de antes. Então, não é que não tem café. Pelo contrário, tem muito mais do que naquela época, mas não tem logística. O Estado precisa acordar para isso”, explica o presidente do CCCV.

As exportações de café no Espírito Santo têm sido feitas através de cabotagem. Os navios chegam semanalmente aos portos, mas não seguem direto para o destino final. Carretas e caminhões também são utilizados para o transporte da carga que percorre mais de 1.000 quilômetros até o Porto de Santos pela BR-101 e 116.

É lá que a maior parte do transbordo – processo em que as mercadorias são transferidas de um transporte para o outro – acontece. Isso aumenta o custo do frete e dificulta bastante a logística, uma vez que alonga o prazo de chegada da carga no exterior. O processo gera uma perda de cerca de 10 a 15 dias. 

“Hoje o Espírito Santo é o maior produtor de café conilon, e ainda conseguimos embarcar aqui porque os compradores aceitam o tempo do trânsito e cabotagem com custo mais caro. Mas quem paga o custo é o produtor, e ele tem que repassar para alguém. Quem importa não vai pagar a mais pra mim se ele pode comprar do Vietnã. Se as minhas despesas de exportação são mais altas por deficiência portuária, o maior penalizado é o produtor”, alerta.

As exportações geraram mais de 4 bilhões de dólares para o Estado neste ano, de acordo com o Sindicato do Comércio de exportação e importação do estado do Espírito Santo (SINDIEX). 

A Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (SEAG) estima que a produção dessa variedade do grão envolva mais de 53 mil famílias. Atualmente, existem 166.043 mil hectares de café arábica no Espírito Santo espalhados por 48 municípios. A cafeicultura de arábica gera em torno de 150 mil empregos diretos e indiretos.

Procurado, o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (INCAPER), informou que o Incaper não responde por questões de exportação e comercialização.

O Ministério da Infraestrutura informou que os portos do Espírito Santo têm sido objeto de uma ação prioritária do governo gederal, e foram realizadas recentemente duas entregas importantes no Estado: inauguração da obra no Berço 207 do Cais de Capuaba e a prorrogação do contrato do Terminal de Vila Velha. 

A assessoria da pasta também informou que, recentemente, foi homologado o novo calado do Porto de Vitória, após dragagem realizada pelo governo federal, obra que permite a entrada das grandes embarcações que cada vez mais frequentam a costa brasileira.  

Acrescentou ainda que foram concedidas autorizações para novos terminais de uso privado no Estado, além de esforços para desestatização da Companhia de Docas do Espírito Santo (Codesa). O órgão estima que o processo terá abertura de consulta pública na 1ª quinzena de dezembro, com leilão prevista para o 2º semestre de 2021.

VITAMINA D E A PELE NEGRA: QUANTO MAIS ESCURO O TOM DA PELE, MAIS TEMPO A PESSOA PRECISA DE EXPOSIÇÃO AO SOL

Presença de maior quantidade de melanina faz com que pessoas com tons de pele mais escuros tenham dificuldade na reposição da vitamina.

A grande maioria dos especialistas recomendam uma exposição diária de aproximadamente 15 minutos para a reposição da vitamina. Mas para a pele negra isso não é tão simples assim. Crédito: Shutterstock

Por causa do isolamento social recomendado durante a pandemia, muitas pessoas têm apresentado dificuldade de se expor ao sol.  A principal fonte de produção da vitamina D se dá, justamente, por meio da exposição solar. Os raios ultravioletas do tipo B (UVB) são capazes de ativar a síntese dessa substância que tem entre suas principais funções:  a absorção do cálcio e do fósforo pelo organismo, manter as funções cerebrais, fortificar os ossos, dentes e músculos, além de regular o sistema imunológico.

Na última terça feira, uma pesquisa científica feita por membros da Universidade de Cantábria e do Hospital Marqués de Valdecilla (em Santander, Espanha) e publicada no periódico Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism constatou que pesquisadores identificaram a deficiência de vitamina D entre 82,2% das pessoas hospitalizadas com COVID-19 em um hospital da Espanha, contra 47,2% no grupo usado para comparação, chamado de “controle”.

Ao contrário das outras vitaminas, a vitamina D raramente obtida por meio da alimentação. Somente cerca de 10% desta vitamina é proveniente da dieta. 

A falta dessa substância leva o organismo a consumir o cálcio dos ossos e com isso a pessoa pode apresentar problemas de osteoporose a longo prazo. Espasmos musculares e raquitismo também estão entre as complicações possíveis.

A grande maioria dos especialistas recomendam uma exposição diária de aproximadamente 15 minutos para a reposição da vitamina. Mas, para a pele negra, isso não é tão simples assim. De acordo com a dermatologista especializada em pele negra, Katleen Conceição, as pessoas com o tom de pele mais escuro, tem uma síntese prejudicada de vitamina D. Isso ocorre por causa da presença de maior quantidade de melanina no corpo, já que o pigmento é capaz de dissipar 99,9% da radiação UV absorvida pela pele.

  A pele negra necessita de, pelo menos, uma hora diária de exposição ao sol sem aplicar filtro solar antes. Para a síntese da vitamina D essa exposição solar precisa acontecer entre às 10 e 15 horas. Para quem prefere evitar expor a cabeça ou o rosto, a boa notícia é que deixar mãos e pernas à mostra,

Katleen Conceição é dermatologista especializada em pele negra . Crédito: Divulgação

ou 15% da superfície corporal, já é suficiente para que a vitamina D possa ser produzida.

“A recomendação é de 15 a 20 minutos diários para quem tem pele branca e, até 1 hora para quem tem pele negra e cerca de 30 a 40 minutos para quem tem um tom de pele intermediário.”

ressalta a especialista.

 

No entanto, as pessoas devem ficar alerta para o sol de meio dia.  No verão, acima dos 30ºC, a exposição aos raios solares não é recomendada. O uso de filtro solar também é importante. Muitos acham que peles escuras não precisam de filtro, mas precisam. 

A dermatologista Karina Mazzini explica que é preciso deixar pelo menos 15% da superfície corporal exposta sem filtro solar, para que raios os raios UV sejam absorvidos durante o tempo de acordo com seu tom de pele. Crédito: Divulgação

A médica dermatologista capixaba, Karina Mazzini, também fez algumas ponderações sobre o filtro solar, ressaltando que cada pessoa deve considerar a orientação de seu dermatologista. Mas a maneira correta indicada pela especialista é de que é preciso deixar pelo menos 15% da superfície corporal exposta sem filtro solar, para que raios os raios UV sejam absorvidos durante o tempo de acordo com seu tom de pele.  Após o tempo de exposição, é preciso aplicar o protetor solar. 

Embora o rosto seja mais oleoso, a pele do corpo de pessoas negras tende a ser mais ressecada. Então, é preciso se lembrar de hidratar! Cremes mais espessos, sabonetes com poder de hidratação, óleo de amêndoas e MUITA ÁGUA!

E A SUPLEMENTAÇÃO?

De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologistas, em doses muito elevadas, o uso de cápsulas de vitamina D podem causar intoxicação. A superdosagem pode causar elevação do nível de cálcio na corrente sanguínea, tontura, náusea, diarreia e formação de cálculos renais e biliares. Em nota, a associação também destacou que ainda não há estudo clínico que tenha comprovado qualquer benefício do uso de vitamina D para prevenção ou tratamento da Covid-19, ou indicação para prescrição de suplementação da substância visando benefícios além da saúde óssea.

O importante é fazer acompanhamento médico rotineiro para fazer a medição dos níveis de níveis de vitamina D e ajustes necessários.  

 

Ambulantes tentam faturar renda extra durante as eleições em Vitória

Pipoca, máscaras faciais, água de coco, canetas e outros itens foram vendidos próximo às seções eleitorais em muitos pontos da capital capixaba

 

Com o maior movimento de pessoas nas ruas por conta das eleições municipais, muitos ambulantes tentam aproveitar a data para faturar uma grana extra neste domingo (15).

Raimundo Lopes Moreira trabalha vendendo pipoca há 38 anos e esteve em frente à FDV, em Vitória. Crédito: Nádia Prado

Seu Raimundo Lopes Moreira tem 66 anos e trabalha vendendo pipoca há 38 anos, 20 deles na porta da Faculdade de Direito de Vitória (FDV), no bairro Santa Lúcia, na capital capixaba. No local, são instaladas várias seções eleitorais, o que garante o fluxo de pessoas durante todo o dia. Ele garante que vale a dedicação no dia da votação, e não perde a oportunidade de aproveitar para faturar um dinheiro extra.

Na porta da escola Ceciliano Abel de Almeida, no bairro Itararé, Pamylla Canal, de 27 anos, vendia paçoquinha e chup-chup no final da manhã. É a primeira vez que ela trabalha num local de votação e, segundo Pamila, o ponto estava ótimo para vendas por causa da alta temperatura deste domingo. Ela mora em Venda Nova do Imigrante, e optou por justificar seu voto para aproveitar o dia de vendas.

Pamylla Canal vendeu paçoca e chup-chup durante este domingo (15). Crédito: Nádia Prado

Todos os anos, é comum ver barracas de água e comida em frente às seções, mas, este ano, por conta da pandemia do novo coronavírus e das novas regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), máscaras também entraram para a lista de produtos procurados pela população antes de votar.

As normas do TSE para votar foram uma motivação a mais para que Daniela Santana de Oliveira, de 35 anos fosse para a porta da escola de seu bairro para vender máscaras. Ela é depiladora, mas perdeu o emprego nesta pandemia, e tem auxiliado a sogra costureira com a confecção e venda de máscaras nos últimos oito meses.

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Daniela Santana de Oliveira perdeu o emprego de depiladora durante a pandemia. Ela vendeu máscaras na porta de seções eleitorais. Crédito: Nádia Prado

A depiladora disse que muitas pessoas esqueceram o equipamento obrigatório de proteção e se aproveitaram da praticidade de comprar com ela na porta do local de votação, garantindo a renda extra para ajudar na casa que mora, com seus dois filhos e o marido. Daniela contou ainda, que chegou às 6h30 da manhã para montar seu estande e o marido ficou cuidando das coisas enquanto ela ia votar num colégio próximo, também no bairro de Itararé.

 

 

Visagismo de orelha é a nova moda: combine piercings e brincos com o seu estilo

A técnica de visagismo na orelha vem se popularizando no Brasil. Através de um estudo de harmonização, profissionais da área conseguem criar uma análise personalizada buscando a tendência que melhor se adapta ao rosto de cada um

 

Grazi Massafera é uma das adeptas da novidade. Crédito: Reprodução Instagram

O visagismo é a arte de revelar o melhor da identidade de um ser humano, com harmonia e estética. Este conceito foi desenvolvido por Philip Hallawell, artista plástico paulista que estuda e pesquisa como o cérebro compreende as imagens. No livro “Visagismo: harmonia e estética”, o artista também reforça que o conceito de visagismo não se limita apenas à beleza exterior, como também traduz o estilo e a personalidade do indivíduo.  Ou seja, a prática responde de forma visual o velho questionamento: “Como você quer ser visto pelo mundo?”.

A influencer Tássia Naves também é adepta o visagismo de orelha. Crédito: Reprodução Instagram

A moda no mundo do visagismo que analisa a harmonia de piercings e perfurações na orelha não é exatamente uma novidade, mas se tornou uma preocupação maior mais recentemente. Várias famosas aderiram a moda, o que fez com que profissionais em estética busquem se especializar em Visagismo Auricular ou Visagismo na orelha: furos simétricos nos lóbulos e escolhas de acessórios com tamanho e formato ideal para cada cliente.

Bianca Borges é uma dessas profissionais e atua em Vitória. Ela fez o curso para se tornar body piercer no ano passado e ficou encantada com o visagismo auricular. Bianca chegou a procurar um curso em São Paulo, mas as aulas foram canceladas por causa da pandemia e não há previsão de retorno. A profissional decidiu estudar por conta própria e foi se especializando e colocando em prática seus conhecimentos.

O visagismo nada mais é do que o profissional entender a anatomia de cada cliente e saber o que fica melhor para cada orelha. O objetivo é enaltecer a orelha do cliente, montando um projeto com joias diferentes e perfurações específicas.”

Perfuração Hélix Crédito: Divulgação Bianca Borges

O tipo de piercing mais procurado é da perfuração Hélix, na parte superior (foto). Mas Bianca alerta que ele não fica bonito em qualquer formato de orelha. É aí que entra o olhar apurado do profissional que sugere outras possibilidades aos seus clientes.

Cinthia Gonçalves tem 33 anos e é tatuadora. Sempre gostou de brincos na orelha, acessórios diferentes e de sair do básico. Ela fez o primeiro piercing há cinco anos e, desde então, nunca mais parou com as perfurações diferentes da orelha. A tatuadora contou que adora o estilo que conquistou devido aos brincos nas orelhas e que se sente mais bonita com qualquer roupa. Cinthia ressaltou ainda que usa joias de titânio específicas para cada um de seus furos.

O material também é bem importante. Antigamente, eram usadas as famosas “pistolas de farmácia” que possuem um alto risco de contaminação por não serem esterilizadas ou descartáveis. O uso delas é proibido atualmente. A perfuração segura é feita com cateteres descartáveis ou agulhas chamadas de Blade, específicas para aplicação do piercing. Tudo devidamente esterilizado.

A aplicação deve ser feita sempre com joia em titânio, pois ela tem grau de implante e é biocompatível com o corpo humano por não conter níquel, o que evita incômodos, irritações ou inflamações.

A tatuadora Cinthia Gonçalves adora seus brincos e piercings na orelha . Crédito: Divulgação

QUAIS SÃO OS CUIDADOS DEPOIS DE COLOCAR O PIERCING?

De acordo com a Bianca, a conclusão do processo de cicatrização pode demorar de dois a quatro meses, dependendo da perfuração. E antes disso, a pessoa precisa tomar algumas precauções como:

– Não dormir em cima da perfuração enquanto o processo de cicatrização não terminar;

-Fazer compressa com soro fisiológico gelado pelo menos duas vezes ao dia;

-Nunca deixar a área úmida. Utilizar um cotonete para secar com cuidado;

-Lavar com sabonete hipoalergênico na hora do banho;

-Evitar bebidas alcoólicas e alimentos gordurosos durante a cicatrização;

 -Fazer a primeira troca de joia, no mínimo, depois de 30 dias da perfuração, quando a área já estiver mais bem cicatrizada.

E DÓI?

A bodypiercer garante que a dor é muito relativa. Alguns clientes sentem um pouquinho a mais que outros. “Não é uma dor tão considerável assim. Muitos clientes ficam surpresos quando termino o procedimento, pois esperavam que fossem sentir muito mais”. Cinthia Gonçalves concorda e, com seus 13 furos (nas duas orelhas), garante que a dor não passa de um leve incômodo.

É muito importante ter consciência de que uma perfuração na cartilagem da orelha necessita de cuidados constantes. Mesmo depois de muito tempo após a aplicação, ainda existe a possibilidade de inflamação ou formação de queloide, por isso o cuidado deve ser frequente.

Dependendo do local onde for feito o furo, a pessoa pode sofrer dificuldades para trocar a joia e precisará da ajuda de um profissional.

A tatuadora Cinthia Gonçalves se acha mais bonita e estilosa depois que aderiu aos brincos e piercings . Crédito: Divulgação

Relatos de sobrecarga e a dura vida de um professor de Belo Horizonte na pandemia

Adaptação à tecnologia e a falta de contato presencial e direto com os alunos são os principais desafios enfrentados pelos educadores

A pandemia em Belo Horizonte foi oficializada, em 20 de março de 2020, através de um decreto da prefeitura declarando Situação de Emergência em Saúde Pública, no Município. De lá pra cá, muita coisa mudou na capital e o clima de incerteza tomou conta da vida das pessoas. Alunos de todas as idades tiveram que se adaptar à nova realidade do sistema de ensino a distância (EAD), e essa modalidade não foi disponibilizada ou está acessível à todos. 

Para falar sobre essa realidade, Luciane Soares, 50, professora da rede municipal de ensino, explicou seu novo cotidiano e o que a faz persistir na luta por uma educação de qualidade e inclusiva.

(Foto: Reprodução/Instagram /lucianefss)

A professora completou 28 anos ensinando ciências na rede municipal de BH em maio. Ela trabalha na Escola Municipal Lídia Angélica, no bairro Itapoã, na Regional da Pampulha.

De acordo com Luciane, não ir à escola é complicado para muitos alunos, pois o aprendizado consiste no contato e socialização. 

No mês passado, o Governo de Minas Gerais anunciou a autorização para a volta das aulas presenciais no estado, mas a decisão não foi acatada pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). O prefeito Alexandre Kalil chegou a afirmar que iria recolher o alvará de funcionamento de todas as escolas infantis, fundamentais e de ensino superior na cidade. Uma liminar do Tribunal de Justiça de Minas Gerais suspendeu a volta das aulas presenciais.

Para Luciane, o ano letivo não tem que coincidir com o ano civil. Ela acredita que só seja possível fazer com que ambos ocorram simultaneamente novamente daqui dois ou três anos.

Coube à educadora e aos outros professores a função de se reinventarem. 

“Os primeiros momentos foram contato com os alunos para mantermos a afetividade, alguns conteúdos foram trabalhados de forma lúdica sob a forma de gincana, até porque não tinha nada obrigatório”, explicou Luciane.

A partir do decreto da prefeitura, em março, até 15 de junho, os professores da rede municipal estavam de sobreaviso. Desde 16 de junho, todos estão em teletrabalho, mas o contato pelo Google Sala de aula, no momento, só é obrigatório para alunos do nono ano (de 14 a 16 anos), que devem ser certificados até 28 de fevereiro de 2021. 

“Eu tenho me desdobrado, porque tenho apenas uma turma de nono ano, mas estou trabalhando com 4 turmas, pois a outra professora está de férias prêmio e a PBH não mandou substituto. Preciso me desdobrar para lecionar para todas as turmas.”, conta Luciane.

Pelo Conselho Nacional de educação, o EAD não é permitido para a educação básica (dos 4 aos 17 anos), e o que se tem hoje é um ensino remoto emergencial em função da pandemia. A educadora afirma que o Ensino a Distância exige uma maturidade que não se tem em muitos alunos que dependem do sistema.

Luciane cumpriu todos os requisitos para se aposentar no meio do ano, mas, por causa da pandemia, optou por não solicitar o afastamento a que tinha direito. 

“Me sinto na obrigação de voltar, quando possível, e encerrar um ciclo com os alunos. Saber que podemos contribuir de alguma forma me dá forças para lutar mesmo com tanto descaso do poder público e desvalorização, seja por parte do governo, de pais e até de outras pessoas que acham que a gente não está na sala de aula e voltando a trabalhar de forma presencial porque somos folgados ou porque recebemos e estamos de pernas pro ar”.

Ela contou sobre o quanto a rotina tem sido mais difícil e ainda mais pesada.

“Tenho trabalhado muito mais que as 22 horas e 30 minutos semanais que correspondem à carga horária básica na PBH.  Além de preparar material, reunião com escolas, encontro com alunos pelo menos 3 horas, ao vivo, por semana para explicar a matéria (com cada série). E ainda recebo a todo momento mensagens dos meninos pedindo mais orientações. Eles têm sido muito mais carinhosos do que eram presencialmente”.

Embora sejam de escolas públicas, os alunos da escola de Luciane têm, em sua maioria, uma boa condição financeira e muitos pais cobravam para que os professores dessem aulas e enviassem pela internet mesmo sem ordens da prefeitura.

“Comparavam com as escolas particulares, mas a PBH não forneceu, em nenhum momento, subsídio para que o professor pudesse se garantir. A Secretária de Educação deu a opção do professor se deslocar à escola caso não tivesse acesso a um computador. Mas os equipamentos de lá são muito antigos e o deslocamento nos coloca em risco. Além do que, muitos alunos não têm acesso à internet diariamente, o que é um obstáculo maior ainda”.

Luciane afirma, ainda, que as escolas da rede municipal atendem alunos com realidades muito distintas umas das outras e, embora o prefeito afirme que a volta será só depois da vacina, os profissionais de educação não foram consultados sobre o retorno dos alunos.

“Trabalhar de forma presencial seria tão mais simples e cômodo, mas o momento não nos permite. Recentemente, a subsecretária de educação do município de BH deu uma entrevista mostrando as adaptações que as escolas da rede municipal estão sofrendo para receber os alunos de forma presencial quando for possível o retorno, mas mostrou um colégio que fica na regional Centro-Sul. Queria saber se uma escola lá do Capitão Eduardo recebeu esse mesmo tipo de reforma”, questiona Luciane.

Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte informou que inúmeras reuniões estão acontecendo toda semana com a presença da secretária de educação Ângela Dalben, e que os diretores de escolas estão dialogando todos os dias com os profissionais da educação. A PBH afirmou, também, que todas as escolas estão sendo preparadas, independentemente da região em que se localizam.

“O momento do retorno às aulas presenciais depende de índices epidemiológicos. Assim que os índices apresentem segurança, todas as escolas receberão exatamente os mesmos itens, porque eles fazem parte do protocolo sanitário. Todos os pais, professores e funcionários participarão de seminários e reuniões sobre o momento e a forma de retorno”.

Um estudo coordenado pelo infectologista Carlos Starling, integrante do Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus na capital mineira, com base nos dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), concluiu que a cidade ainda apresenta uma taxa de transmissão comunitária alta do vírus, e não há garantias de que os estudantes estariam seguros nas instituições de ensino.

Por fim, assessoria da prefeitura ressaltou que foram gastos mais de 14 milhões de reais em toda a rede pública municipal (escolas públicas) e também nas parceiras (creches).