‘Drops Estadão’: o jornalismo que revolucionou os stories

“O jornalismo pauta a internet, mas a internet também pauta o jornalismo”. Foi com esse entendimento que o social media Murilo Busolin teve um olhar atento ao recurso ‘Stories’, do Instagram.

Nasceu, então, o ‘Drops Estadão’, atualmente comandado pelos jornalistas Bárbara Pereira e João Abel. O noticiário interativo continua sendo uma referência para o jornalismo na Web mesmo após três anos do lançamento.

Toda a trajetória do programa foi explicada durante videoconferência para os residentes da Rede Gazeta. Confira a cobertura digital no vídeo abaixo.

Descubra o que é o ‘Drops Estadão’:

O jovem baiano contador de histórias

Daniel Reis é recém-formado em Jornalismo

Daniel Reis usa a sua curiosidade para contar as histórias que ninguém vê. Sua trajetória passa pelo rádio, pesquisa em campo e até participação em um site memorial das vítimas da pandemia

Em meio a centenas de candidatos, Daniel Caixeta Mansur dos Reis é um dos 12 aprovados para o Curso de Residência em Jornalismo Rede Gazeta em 2020, e mostra que não foi sorte. Aos 22 anos de idade, o baiano acumula uma bagagem expressiva. Chegou a cogitar o curso de História, mas foi no Jornalismo que se encontrou. Um jovem comunicativo, curioso e que ama contar histórias de pessoas.

Aos 15 anos precisou deixar sua cidade-natal, Salvador (BA), para se mudar com seus pais, o irmão gêmeo e o irmão caçula para Viçosa (MG). A princípio relutou, pelos amigos que iria deixar e pelas belezas naturais do litoral baiano que não mais veria todos os dias. Tinha ainda, a sensação de que morar numa cidade pequena no interior mineiro poderia ser um retrocesso. No entanto, surpreendeu-se em seu novo lugar. Os ares de Viçosa impulsionaram Daniel a dar mais atenção aos estudos e a buscar mais conhecimento.

Daniel Reis é recém-formado em Jornalismo pela UFV
Daniel Reis é recém-formado em Jornalismo pela UFV

No tempo livre, o jovem comunicador se divide entre uma boa roda de conversa com os amigos, viajar e cozinhar, sem o peso de ter que se decidir entre a culinária baiana ou a mineira. Afinal, há espaço em seu cardápio para todas as culturas, ora um bom torresmo, ora algumas rodadas de acarajé feitos por ele mesmo. Apaixonado pela paisagem da Praia do Arpoador, no Rio de Janeiro, o cenário é um dos cartões-postais que o faz refletir sobre as diferenças sociais da cidade, como um todo.

Em 2016, começou sua trajetória acadêmica na Universidade Federal de Viçosa (UFV), onde se formou no início deste ano, engajado no Jornalismo Esportivo. Apresentava um programa na Rádio Universitária de Viçosa. Seu trabalho ganhou destaque com a entrevista exclusiva feita com o jogador de futebol Reinaldo, ídolo do Clube Atlético Mineiro, de passagem pela cidade. O feito lhe rendeu convite para escrever para o jornal Opção News, um portal de notícias sobre a região.

A experiência de acompanhar o cotidiano da sociedade por cerca de um ano, despertou no jovem jornalista a necessidade de falar mais sobre a vulnerabilidade social. No anseio de abrir um espaço de diálogo para quem, normalmente, não tem visibilidade, iniciou um canal audiovisual que rendeu duas entrevistas. Suficientes para motivá-lo a aprofundar-se no tema e a engajar-se no Jornalismo Humanitário.

O contador de histórias passou cerca de 40 dias em Boa Vista (RR), no norte do país, acompanhando o trabalho da Operação Acolhida, desenvolvida pela força-tarefa do governo federal. O trabalho de campo, em 2019, rendeu uma narrativa sobre a situação dos refugiados venezuelanos que vêm para o Brasil em busca de uma condição de vida melhor, para o seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

Em 2020, trabalhou voluntariamente para o site Inumeráveis, um memorial com o intuito de contar as histórias das vítimas da Covid-19 e gerar conscientização na população. Daniel Reis mantém a expectativa de continuar praticando no Curso de Residência o que mais ama fazer: ouvir pessoas, contar histórias e torná-las conhecidas a fim de contribuir, de alguma forma, com a sociedade.