Calçada da Fama do esporte capixaba é inaugurada em Vitória

Escolhidos por comissão e público, 15 esportistas foram homenageados e tiveram seus nomes eternizados

Quinze atletas capixabas tiveram seus nomes imortalizados na Calçada da Fama do esporte nesta terça-feira (01). Inaugurada no entorno do Centro de Treinamento Jayme Navarro de Carvalho, sede da Secretaria de Esportes e Lazer (Sesport), em Vitória, a Calçada homenageou atletas escolhidos por votação em 2019 e 2020. Além dos esportistas, a solenidade contou com a presença do governador Renato Casagrande.

“O esporte é fundamental para a sociedade capixaba. Temos aqui atletas de alto rendimento que levam o nome do Espírito Santo para o Brasil e para o mundo. Os atletas são muito lembrados quando estão no auge da carreira, mas o tempo passa e outros atletas vêm, então a Calçada da Fama começa a fazer justiça para essa geração e para aqueles atletas que já passaram e que hoje estão aposentados”, declarou o governador.

De acordo com o subsecretário de esportes, Dório Belarmino Junior, a ideia era inaugurar a Calçada da Fama em meados de abril, mas o plano foi adiado por conta da pandemia de Covid-19. “Inaugurar hoje a Calçada da Fama é muito significativo, porque são atletas com uma história muito bonita dentro do esporte, atletas que com pouco apoio conseguiram alcançar títulos expressivos, atletas de várias modalidades, atletas paralímpicos. O sentido de pertencimento é muito importante para que o esporte capixaba possa ganhar expressão a nível nacional e internacional.”, pontuou.

A Calçada da Fama do Esporte Capixaba foi inaugurada nesta terça-feira (01). Crédito: Sesport/Divulgação

A votação para eleger os homenageados foi realizada no site da Sesport e ficou disponível por 30 dias. Na primeira votação, foram eleitos 10 atletas e na segunda, 5. Nesta última, o público escolheu dois esportistas. Os outros três escolhidos foram os mais votados pela Comissão de Avaliação. No próximo ano, mais cinco nomes serão eleitos e ganharão uma estrela na Calçada da Fama do esporte capixaba.

Alison Cerutti, atleta de vôlei de praia que estará nas Olimpíadas de 2021, se sente muito feliz em fazer parte dos esportistas homenageados. “Estou muito lisonjeado e emocionado. A gente vai pra fora do país e recebe essas homenagens, vê outros atletas homenageados também, o Espírito Santo está de parabéns. Acho que essa calçada vai ficar pequena, muitos outros atletas vão poder completá-la também, estou muito feliz.”, pontuou.

CONFIRA QUEM SÃO OS 15 ATLETAS JÁ HOMENAGEADOS

Referentes a 2019

Fábio Luiz Magalhães – Vôlei de Praia: Prata nos Jogos Olímpicos de Pequim (2008), campeão mundial em 2005.

Frank Brown – Voo Livre: Doze vezes campeão brasileiro e quatro vezes recordista mundial de voo à distância (2007,2012² e 2015).

Geovani Silva – Futebol: Prata nos Jogos Olímpicos de Seul (1988), Campeão da Copa do Mundo Sub-20 (1983);

Juliétty Tesch – Vela: Hexacampeã Brasileira de vela, classe Laser. Árbitra da final olímpica nos Jogos Olímpicos do Rio (2016).

Neymara Carvalho – Bodyboard: Pentacampeã mundial de bodyboarding (2003, 2004, 2007, 2008 e 2009) e uma das principais atletas da modalidade no mundo.

Nilo Etienne Duarte – in memoriam Futsal: Trouxe o futsal para o ES em 1984 e foi maior incentivador da modalidade no Estado.

Tayanne Mantovanelli – Ginástica Rítmica: Três ouros nos Jogos Pan-Americanos do Rio (2007), e bronze nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo (2003).

Alison Cerutti – Vôlei de Praia: Ouro nos Jogos Olímpicos do Rio (2016), Prata nos Jogos Olímpicos de Londres (2012) e quatro vezes eleito Rei da Praia.

Buru (Venicius Ribeiro) – Futebol de areia: Melhor jogador do mundo em 2007 e cinco vezes campeão da Copa do Mundo (200, 2004, 2006, 2007 e 2009).

Daniel Mendes – Paratletismo: Ouro no revezamento 4×100 rasos nos Jogos Paralímpicos do Rio (2016), prata nos 200m rasos nos Jogos Paralímpicos de Londres (2012), bronze nos 200m rasos nos Jogos Paralímpicos do Rio (2016).

Referentes a 2020

Adalberto Rodrigues – Tênis em cadeira de rodas: Campeão sul-americano e mundial (2006), é um dos paratletas mais vencedores e de maior destaque no Estado. Campeão brasileiro em 2018, ele também foi responsável por organizar torneios de tênis em cadeira de rodas durante 16 anos no Espírito Santo.

Anderson Varejão – Basquete: Campeão Pan-Americano em 2003, iniciou sua carreira atuando pelo Saldanha da Gama. Figura frequente na Seleção Brasileira, chegou a NBA, principal liga de basquete do mundo, da qual foi campeão em 2017 e vice-campeão em 2007, 2015 e 2016.

Fontana – in memoriam Futebol: José de Anchieta Fontana é, até hoje, o único capixaba a ganhar uma Copa do Mundo, em 1970, atuando ao lado de grandes nomes do futebol como Pelé, Tostão e Jairzinho. Bicampeão capixaba pelo Rio Branco, em 1959 e 1962, também conquistou títulos estaduais com o Vasco da Gama e o Cruzeiro.

Natália Gaudio – Ginástica: Homenageada no Prêmio Brasil Olímpico como melhor atleta de ginástica rítmica, em 2018, Natália foi bronze nos Jogos Pan-Americanos de Lima, em 2019. Hexacampeã brasileira e heptacampeã sul-americana, está entre os principais nomes da ginástica brasileira da atualidade.

Paulo André Camilo – Atletismo: Campeão mundial e Pan-Americano no revezamento 4×100 livre.  Paulo André Camilo é um dos principais nomes do atletismo mundial atualmente. Vice-campeão Pan-Americano na prova dos 100 metros rasos, está próximo de conseguir correr a prova em menos de 10 segundos, podendo se tornar o primeiro sul-americano a conseguir tal feito.

Grupo Boyásha encena “A Mais Forte” gratuitamente na internet

Espetáculo será apresentado pela trupe capixaba neste domingo (29) e faz parte da programação do 11° Circuito Banestes de Teatro

No próximo domingo (29), os capixabas poderão assistir pela internet a peça “A Mais Forte”, do Grupo Boyásha Trupe de Teatro. Baseado no texto de August Strindberg, o espetáculo será transmitido ao vivo direto do Teatro Universitário para o Facebook e YouTube, às 18h, sendo o penúltimo da programação do 11º Circuito Banestes de Teatro.

Com texto original escrito por volta de 1888, “A Mais Forte” é considerada em muitos países a obra-prima dentre os monólogos do autor, sendo encenada até pela atriz Nathália Timberg, em 1964. Montada pela companhia capixaba no ano de 2010, a peça vem sendo constantemente revisitada pelo grupo como objeto de estudo ao longo dos anos.

Peça teatral “A Mais Forte”. Crédito: Adriano Horta

Pensada e transformada para o formato digital, a apresentação de 25 minutos poderá ser acompanhada em tempo e real no formato live pelo YouTube e Facebook da WB Produções. O diretor musical do espetáculo, Murilo Iglesias, destaca que houve um trabalho de preparação muito grande para a apresentação transmitida em formato digital.”

Originalmente, a peça montada dez anos atrás tinha menos luz e baixa interação com a plateia. Agora, revisitamos a peça neste novo formato com algumas mudanças, como presença de mais luz e o ator se comunicando mais com a câmera, para que consiga atingir o público que estará assistindo atrás das telas, por exemplo”, detalha.

Murilo ressalta ainda que a colaboração da Companhia Jungo (Argentina), que já tinha prática nesse trabalho audiovisual, e da equipe de filmagem foram muito importantes nesta adaptação ao formato digital. Vale lembrar que, após a transmissão, o espetáculo ficará disponível pelo período de um mês no Youtube da WB Produções.

Gratuita, a transmissão de “A Mais Forte” terá um QR Code para doações que serão convertidas em benefício do projeto SOS Graxa ES, movimento em prol de profissionais dos bastidores de evento.

A MAIS FORTE
Com a chamada “Vale a pena viver um sonho que não é seu? E então, quem é A Mais Forte?”, o texto de August Strindberg traz a “psicologia do eu” através de embates psicológicos, jogos de dominação e do incessante ajuste de contas presentes em sua obra. Por meio de um inquietante jogo de provocações e da abertura de velhas cicatrizes no interior de duas mulheres, a peça conduz cada espectador a traçar um paradoxo entre vitória e derrota, em que as personagens disputam o amor de um mesmo homem. Segundo Murilo, a expectativa para a apresentação é grande. Ele pontua que a principal potência do espetáculo está em instigar a reflexão no público: “Este é um texto do século XIX, mas com um conteúdo extremamente atual e que provoca muita reflexão sobre as nossas relações, sobre nossa existência e nosso posicionamento no mundo”, finalizou.

SERVIÇO
11ª edição do Circuito Banestes de Teatro – A MAIS FORTE
Quando: 29/11 (domingo), às 18h
Onde: YouTube e Facebook WB Produções – após a transmissão a peça fica disponível por um mês no canal da produtora no YouTube
Classificação: Livre Duração: 25 minutos

“Podemos evoluir”, afirma técnico do Vitória visando duelo com o Rio Branco

Gilberto Pereira não gostou da lentidão de sua equipe em alguns momentos do jogo contra o Estrela e quer ver melhora para o clássico

A noite desta quarta-feira (02) foi de comemoração para o Vitória. Em casa, a equipe reverteu o placar do jogo de ida, derrotou o Estrela do Norte por 1 a 0 e garantiu a vaga na semifinal do Capixabão 2020. Agora, o atual campeão da competição terá pela frente dois clássicos com o Rio Branco para manter vivo o sonho do bicampeonato estadual.

Para o técnico Gilberto Pereira, já era sabido que o jogo diante do alvinegro sulino seria difícil. De acordo com ele, a equipe poderia ter aproveitado melhor algumas oportunidades. “Começamos muito bem, exigindo do adversário. Com a expulsão no Estrela, ficamos com a posse de bola, mas infelizmente nos perdemos em alguns momentos, ficamos com o jogo lento, e essa lentidão favoreceu o adversário. Podemos evoluir ainda mais”, destacou.

Gilberto Pereira acredita que chegou a hora do elenco do Vitória mostrar evolução. Crédito: Vitor Nicchio/Vitória

Para o confronto contra o Rio Branco, o treinador do Alvianil destacou que o time precisa se concentrar para fazer em campo o que tem sido exigido nos treinamentos. “Estamos oscilando no jogo, e quando isso acontece, o adversário começa a querer ter a posse de bola. Precisamos tirar isso do adversário”, mencionou. Além disso, ele espera contar com o elenco à disposição. “Tivemos problemas no primeiro jogo, expulsões, contusões, jogadores que saíram. O Estrela, que tem uma ótima equipe, nos exigiu demais, e com isso saímos desgastados. Precisamos focar novamente em nosso elenco”, frisou.

VELHO CONHECIDO
Autor do gol da classificação alvianil, marcado logo aos seis minutos da etapa inicial, Anderson Silva enfrentará um adversário que conhece bem. Ele, que já jogou no Rio Branco, e conta que vai focado para o clássico. “Espero marcar, mas respeitando o adversário”, afirmou. Anderson também ressaltou que a equipe se comportou bem diante do Estrela do Norte. “São só detalhes que precisamos ajustar e manter o nosso ritmo de jogo, assim faremos um grande jogo”, finalizou.

Pelo jogo de ida da semifinal do Capixabão 2020, Vitória e Rio Branco se enfrentam na terça-feira (08), às 19h, no Kleber Andrade. Já o jogo de volta, acontece no dia 15, no Salvador Costa.

Técnico do Estrela, Vladimir de Jesus lamenta falhas que levaram à eliminação

Treinador afirmou que faltou competência nas finalizações, e que era possível ter superado o Vitória

O Estrela do Norte se despediu do Capixabão 2020 diante do Vitória, na noite de quarta-feira (02), no Salvador Costa. Mesmo chegando ao jogo de volta das quartas de final com vantagem e precisando apenas de um empate para avançar à semifinal, o Alvinegro sulino sofreu um gol logo aos seis minutos da etapa inicial e teve um jogador expulso, doze minutos depois.

Para o técnico Vladimir de Jesus, a classificação poderia ser alcançada. “Foi um jogo difícil, levamos um gol e perdemos um homem muito cedo. Fisicamente, correndo contra uma vantagem e com um homem a menos, ficou difícil. Amargamos uma desclassificação, em uma ocasião que era muito possível de a gente avançar”, pontuou.

Técnico do Estrela, Vladimir de Jesus afirmou que foi uma desclassificação amarga. Crédito: Fabiano Oliveira/Estrela

Mesmo com a derrota, o treinador avalia que taticamente a equipe conseguiu se desenvolver em campo e que, até quando esteve com dez jogadores, conseguiu ser melhor que o dono da casa. “Tentamos superar, lutamos até o último minuto. Buscamos os contra-ataques, tivemos chances reais de fazer o gol. Faltou competência na finalização”, ressaltou.

Sobre a expulsão do jogador Raul Muller, autor do gol da equipe no jogo de ida, Vladimir avalia que o futebol prega essas peças sempre. “Um dia você é herói. No outro, é vilão. Ele, que já foi aplaudido pelo gol que nos deu vantagem, hoje é criticado por uma expulsão infantil. Agora é pensar pra frente e ver o que vai acontecer”, destacou.

NO DETALHE
Zagueiro do Estrela, Renato Oliveira também ressalta que a partida foi resolvida no detalhe. “No começo tivemos uma desatenção e levamos o gol. Conseguimos equilibrar o jogo mas infelizmente não conseguimos o gol da classificação. Ficou a lição, mas independente do resultado, sigo orgulhoso do grupo. Agora é seguir em frente”, finalizou.

Morta pelo marido na Serra, Mirelle era mãe dedicada e amava dançar

Mirelle Figueiredo Peruzia, 27, foi assassinada com um tiro quando se dirigia ao trabalho. Dois dias depois, o marido confessou o crime e está preso

Mãe dedicada, apaixonada por dança e sempre com um sorriso no rosto. Essas são algumas das características de Mirelle Figueiredo Peruzia e que sempre serão lembradas. Na última segunda-feira (16), a caçula de quatro irmãos teve a vida interrompida de forma cruel pelo marido quando saía para trabalhar, na Serra. Perto de completar 28 anos, Mirelle deixou uma filha, de 7, e muitas recordações para quem a conhecia.Nesta quinta (19), Thairinne Figueiredo Peruzia, 29, conversou com a reportagem de A Gazeta sobre a irmã.

As lembranças mais felizes são da infância e adolescência. “Nascemos e fomos criadas em Taquara, e sempre fomos muito parecidas. Quando adolescentes, parecíamos gêmeas. Usávamos até roupas iguais. Gostávamos de dormir na varanda para olhar o céu. Quando crianças, era nosso irmão Walace quem nos ajeitava para irmos à escola. Ele fazia trança em nossos cabelos”, recordou Thairinne.

As memórias da irmã são mais fortes nessas fases da vida porque quando Mirelle se casou, 11 anos atrás, as irmãs acabaram se distanciando. Thairinne era uma das pessoas da família que não aprovava o relacionamento. “Eu nunca fui a favor. Depois de casada, minha irmã acabou se afastando da família. Nossa amizade de irmãs foi abalada por conta dessa relação. Ela não participava do grupo da família, por vezes não comparecia às nossas reuniões entre os primos, entre nossa família. Nos últimos três meses, falei pouco com ela”, lamentou Thairinne.

De acordo Thairinne, quando o crime aconteceu, ninguém da família queria acreditar porque Mirelle era uma pessoa muito querida e não havia uma pessoa sequer que desejasse o mal dela. A suspeita voltou-se, então, para o marido de Mirelle, por conta de todo o histórico de um relacionamento conturbado. Ainda segundo Thairinne, a irmã já havia tentado se separar do companheiro e que buscava orientá-la a esse respeito.

“Ela tentou a separação, mas ele acabou colocando fogo no carro que Mirelle tinha em seu próprio nome. Ela merecia ser feliz”, desabafou.

Mirelle em seu aniversário do ano passado. Crédito: Acervo pessoal

 

FILHA TROUXE LUZ
Thairinne contou que, quando a irmã descobriu a gravidez, estava brigada com marido e autor do crime. Segundo ela, a chegada da sobrinha iluminou a vida da irmã. “Ela era uma mãe dedicada, sempre acompanhava as reuniões, festinhas, ela se importava muito com a vida escolar da filha”, pontuou a irmã, destacando a semelhança entre mãe e filha: “Por eu ter crescido com a Mirelle, hoje eu olho para a minha sobrinha e vejo a minha irmã quando nova. O jeito bravo, a voz grossa, a língua presa. É a minha irmã quando criança”, afirmou, finalizando: “Minha irmã fará muita falta. Era uma pessoa de luz.”

ENTENDA O CASO
Mirelle Figueiredo Peruzia, 27, foi assassinada com um tiro na cabeça na última segunda-feira (16), quando se deslocava para o trabalho no bairro Camará, na Serra. Isaías Júnior Carvalho, marido de Mirelle, foi preso na quarta-feira (18). De acordo com a Polícia Civil, o homem confessou o crime.

 

 

 

 

Empate com o Real Noroeste teve sabor de derrota para o Vitória

Alvianil ficou em situação ainda mais delicada na Série D do Campeonato Brasileiro

O Vitória entrou em campo na tarde de sábado (31) com a missão de vencer o Real Noroeste para continuar com o sonho da classificação para a segunda fase da Série D do Campeonato Brasileiro. Jogando no estádio Salvador Costa, o dono da casa até saiu na frente no placar com um gol marcado por Vitinho, aos 17 minutos da primeira etapa, mas foi para o intervalo já com o empate, que perdurou até o final da partida. Agora, somando 7 pontos e ainda na lanterna do Grupo A-5, a situação do Alvianil ficou ainda mais delicada na chave.

Para o técnico Charles de Almeida, o empate teve sabor de derrota. “Sabíamos que a partida seria difícil, mas acredito que tivemos mais volume de jogo e estivemos mais próximos do gol, e, assim como em Águia Branca, também saímos na frente”.

Vitinho marcou o gol do Vitória, mas equipe ficou no empate com o Real Noroeste. Crédito: Vitor Nicchio/Vitória

O treinador ressaltou ainda que a equipe jogou de igual para igual com o adversário, mesmo tendo desfalques, fator que tem prejudicado o desempenho do time. “Ainda não consegui repetir uma única vez minha equipe. Há jogadores lesionados e outros retornando agora ao time após a Covid-19. Apesar disso, os atletas têm deixado o sangue em campo, têm se doado muito. Mesmo com 4 jogadores de linha, no banco, a posse de bola foi um ponto tático forte na partida de hoje. Temos feito esse trabalho de construção, de jogo apoiado e também de bola parada. Hoje o gol saiu de um lance assim”, pontuou.

CEM VEZES VITINHO
Diante do Real, o Alvianil contou com o reforço de Vitinho. Ele retornou ao clube após dois meses e em seu centésimo jogo com a camisa do Vitória, marcou o gol que abriu o marcador no duelo capixaba. Grato pela oportunidade de voltar à equipe, o atleta também avaliou de forma positiva o resultado diante do conjunto e das improvisações do time. E destacou a garra da equipe. “Infelizmente o resultado não foi o que esperávamos, mas consegui ver uma equipe com brilho, e com perspectiva de voltar aos trilhos. É uma equipe aguerrida, que não desiste”, afirmou.

PRÓXIMO JOGO
Na próxima rodada, o Vitória enfrenta o Operário VG, no Dito Souza. Segundo Charles de Almeida, o Vitória sabe que precisa agora, matar um leão a cada jogo. “Precisamos esquecer de resultados. Temos que ganhar o jogo, isso é o mais importante”, afirmou o técnico, que completou: “enquanto houver uma possibilidade matemática, a equipe irá em busca de se classificar”.Marcada para às 16h, a partida entre Vitória e Operário VG acontece no domingo, e será válida pela 11ª rodada do Brasileiro Série D.

 

 

Volta do feriado de Finados é tranquila na BR 101 no ES

 

Foi registrado movimento intenso no período da tarde em alguns pontos da rodovia, mas sem registro de acidentes graves até às 20h30, segundo informações da PRF 

A volta para casa do feriado prolongado de Finados, nesta segunda-feira (2), foi tranquila. Mas foi registrado movimento intenso no período da tarde em alguns pontos da BR 101, rodovia federal que corta o Estado, segundo informações do site da Eco101, concessionária que administra a via. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que não foram registrados acidentes até às 20h30.

Em alguns trechos da BR 101 na Serra e em Linhares, registrou-se lentidão no final da tarde desta segunda-feira (02), com fluxo intenso de veículos. Já nas regiões de Viana e São Mateus, o trânsito tem fluido bem. Apesar de o volume de veículos estar acima do normal, não houve congestionamento nestes pontos.

BR 101, trecho Viana a Guarapari. Crédito: Vitor Jubini

BR 262
A PRF informou ainda que na altura de Marechal Floriano ocorreu um acidente, sem vítimas, e que não foi necessário interditar a rodovia para o atendimento da ocorrência.

Pandemia impõe desafios semelhantes a professores da rede pública e privada

Do ensino infantil ao superior, educadores se sentiram mais atentos aos alunos mesmo em ensino remoto

No mês em que é celebrado o Dia dos Professores, comemorado no Brasil no dia 15 de outubro, os educadores Itana Galindo, 28, e Mayk da Glória, 32, compartilham as dificuldades, bastante semelhantes, que encontraram com a nova rotina de ensino remoto. Por conta da pandemia causada pela Covid-19 no Brasil e no mundo, o ensino precisou se reinventar diante da suspensão das atividades presenciais. Do ensino infantil ao superior, professores passaram a lidar com a tecnologia para exercer o ofício, ao mesmo passo em que também se sentiram mais próximos de seus alunos. 

Dados da pesquisa realizada entre abril e maio de 2020 pela Fundação Carlos Chagas com 14.285 docentes de todas as 27 Unidades da Federação apontam que, para mais de 65% dos respondentes (9.285 docentes), o trabalho pedagógico não apenas mudou, como também aumentou. Segundo Itana Galindo, professora do ensino infantil na rede municipal de Guapó/GO, antes da pandemia o planejamento de atividades já era feito de casa, em um turno diferente daquele em que ela estava em sala de aula. Com a pandemia, a educadora somou à atividade realizada em casa as tarefas de gravar vídeoaulas, editá-las, enviá-las aos pais e responsáveis de seus alunos, tirar dúvidas por mensagens e ligações. Com isso, sentiu que passou a estar quase que integralmente em função do trabalho.

Mayk da Glória, professor universitário de uma rede privada em Aparecida de Goiânia/GO, relata uma experiência semelhante, apesar de atuar no ensino superior. “Como eu estou em casa ministrando as aulas, sinto dificuldade em organizar horários e encerrar a jornada de trabalho. Na faculdade, após a aula, o costume era pegar o carro e vir para casa. Agora, como já estou aqui, por vezes acabo respondendo e-mails até mais tarde, muitas vezes até de madrugada”, explica o educador, que também acredita estar trabalhando mais com o home office

Ensino-aprendizagem

Ainda de acordo com a pesquisa realizada pela Fundação Carlos Chagas, 49,3% dos professores e professoras acreditam que somente parte dos alunos consegue realizar as atividades. Neste caminho, a expectativa em relação à aprendizagem diminuiu praticamente à metade. Para Itana Galindo, a relação ensino-aprendizagem fora da sala de aula é um desafio, uma vez que com o ensino remoto é mais difícil avaliar o desenvolvimento dos alunos de maneira formativa, contínua e processual. Outro fator limitante percebido pela professora é que nem todos os responsáveis pelas crianças têm acesso à internet: “A minha turma conta com 26 alunos. Com cinco destes, não consigo me comunicar remotamente, porque os pais não têm aplicativos de mensagens, nem internet. Nesses casos, preciso imprimir a atividade e disponibilizá-la para que seja buscada na escola, mas nem sempre é possível”, lamenta. 

A mesma questão é motivo de preocupação para Mayk da Glória, docente no curso de psicologia. “Às vezes, estou ministrando aula e ao fazer a chamada percebo que aquele aluno que costuma ser super presente não está conectado. Logo, os colegas já falam ‘professor, fulano não conseguiu acesso hoje, teve problemas com a internet’. Essa é uma questão estrutural, muito séria. Nosso país está demonstrando que não tinha nenhum preparo para lidar com uma situação como esta”, pontua Mayk. 

Sobre o impacto da pandemia na qualidade do ensino-aprendizagem, o docente acredita que ainda não é possível avaliar de forma concreta e que isso se dará somente com um distanciamento temporal e emocional do que estamos vivendo. Apesar disso, Mayk identifica situações no cotidiano que alteram esta relação.“Quando você encerra a aula presencial, há alunos que te procuram para conversar ou tirar dúvidas. No ensino remoto, é bem mais difícil que os alunos te procurem ou encaminhem e-mails com dúvidas, e isso pode prejudicar consideravelmente o processo de ensino-aprendizagem”, pondera. 

Dificuldades

Dados da pesquisa “Trabalho Docente em Tempos de Pandemia”, realizada pelo Grupo de Estudos sobre Política Educacional e Trabalho Docente da Universidade Federal de Minas Gerais (Gestrado/UFMG) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), em Junho de 2020 e com 15.654 docentes de todo o Brasil, aponta que  69% têm medo e insegurança por não saber como será o retorno à normalidade e 50% declaram ter medo em relação ao futuro.

Esta realidade é vivenciada por Mayk e Itana de modo similar. Itana lembra que tratando-se de educação infantil, o contato físico é bem significativo: “Presencialmente, eu costumava fazer rodas de conversa e atividades lúdicas com as crianças”, explica. A educadora também ressalta as condições precárias das escolas do município em que trabalha: “Além de faltar itens essenciais como sabão, as salas não comportam espaço suficiente para separar 26 crianças”. Já para Mayk, a incerteza em relação ao futuro é um dos maiores motivos de angústia. Ele faz parte do grupo de risco por ser diabético e hipertenso, e assim como Itana, afirma só se sentir seguro para um retorno presencial, após a chegada da vacina para a Covid-19.

Ainda sobre o cenário emocional, um fato em comum entre Itana e Mayk chama a atenção: ambos tiveram o primeiro contato com a Covid-19 por meio de seus alunos. Enquanto ela recebeu uma ligação do pai de uma aluna, relatando que a mãe da criança havia falecido por Covid-19 e por isso a pequena não entregaria as atividades propostas, Mayk recebeu um e-mail de uma de suas alunas, comunicando-o sobre a doença – motivo pelo qual a estudante se ausentou das aulas. .

Tratando-se da saúde física, no entanto, também não tem sido diferente. Itana e Mayk relatam o surgimento de problemas relacionados à nova forma de trabalho. Entre eles, estão as dores na coluna, dores de cabeça pelo contato intenso com telas de celular e computador, estresse e baixa qualidade no sono. Segundo Mayk, as instituições de ensino poderiam ter dedicado um pouco mais de atenção a esta questão. “Orientações em relação à saúde do trabalhador teriam sido de grande valia. Uma capacitação sobre Ergometria, por exemplo, poderia nos prevenir de problemas futuros”, destaca. 

Ensinamentos 

Sem romantização, olhar de modo atento à realidade da pandemia e do ensino remoto também permite aprendizados. Mayk da Glória conta que tem aprendido a ser mais observador em relação à singularidade e às especificidades de cada um de seus alunos. “Acredito que o fato de estarmos online nos traz um senso de responsabilidade enquanto docente ainda maior. Perceber que cada indivíduo é único em seu processo de aprendizagem me possibilita exercitar cada vez mais a empatia com meus alunos e alunas, de modo muito mais intenso que antes.”. Para ele, é imprescindível compreender a luta que cada aluno e aluna trava neste processo, para, sobretudo, continuar estudando. 

Itana Galindo acredita que, mesmo em meio às dificuldades, o ensino remoto foi um grande aprendizado para ela enquanto professora, pois permitiu que ela expandisse seus horizontes na pedagogia. Além disso, Itana destaca a compreensão ainda mais viva sobre a importância do trabalho dos professores, e aproveita para, em tom emocionado, acrescentar: “Agradeço a todos os meus professores e também a todos os professores que lutam todos os dias pela educação, porque mesmo não sendo fácil, é uma profissão muito linda e necessária”, conclui.  

 

Crédito da foto: https://br.freepik.com/jcomp

Produção e conteúdo criativo nas redes sociais 

Em um bate-papo descontraído e produtivo na última quinta-feira (01), os jornalistas do Estado de São Paulo Murilo Busolin, Bárbara Pereira e João Abel falaram aos residentes da Rede Gazeta sobre “Palestra Notícias via Stories: o nascimento e consolidação do Drops Estadão

No encontro, que foi 100% online, os convidados contaram sobre suas trajetórias profissionais e sobre o projeto Drops Estadão. Criado por Murilo em 2017, o Drops tornou-se um formato descontraído e acessível de informar por meio da ferramenta “stories”, do Instagram. Os três jornalistas compartilharam ainda dicas sobre como produzir conteúdos de modo original, interessante e atrativo nas redes sociais. 

Ao final, os residentes fizeram perguntas aos convidados e esclareceram dúvidas sobre a criação de conteúdo na internet. Seguindo o exemplo dos jornalistas de O Estado de São Paulo, os residentes foram incentivados a colocar os aprendizados do bate-papo em prática e a produzir uma cobertura digital sobre o encontro. Os resultados das produções você pode acompanhar no portal da Rede Gazeta. 

Confira abaixo a minha produção, feita na plataforma TikTok: