Diretor-geral, Marcello Moraes, aponta inovação como palavra-chave da Rede em 2024

Parcerias estratégicas e conquistas marcantes definiram o ano de 2023 na Rede Gazeta. Para diretor-geral, novo ano tem perspectivas positivas em todas as áreas

Por Wanessa Eustachio - atualizado em 23/02/2024 as 09:59

Diretor-geral da Rede Gazeta, Marcello Moraes

A implementação bem-sucedida de projetos de inovação, como o Gazeta Experience e o U-Break, impulsionou resultados positivos e gerou receitas substanciais para a Rede Gazeta, que encerrou 2023 vislumbrando um novo ano de perspectivas positivas. Em meio a desafios econômicos, a empresa consolidou sua parceria com a Globo, atingiu um patamar de importância inédito para as afiliadas, e viu projetos “de dentro de casa” ganharem fôlego.

Com recordes na realização de projetos e eventos, avanços no Jornalismo, criação da Gerência-Executiva de Produto Digital e maior eficiência administrativa, a Rede se prepara para um promissor ano novo, conforme Moraes detalha na entrevista a seguir. Confira:

Marcello, como você avalia o ano que acabou de terminar?

Bom, falando de 2023, eu acho que a gente teria como destaque a implementação dos nossos projetos de Inovação, que foram desenhados em 2022, onde de lá saíram dois projetos que estão gerando receitas importantes: o Gazeta Experience (tocado pelo time de Novos Negócios) e o U-Break (alocado na Diretoria de Mercado). Mais importante do que isso, esses projetos têm dado resultados positivos para os clientes da Rede Gazeta.

O U-Break, por exemplo, é um negócio inovador mesmo, isso aí foi um golaço nosso. Na verdade, o que está no contexto disso, de forma mais ampla, é saber que o Programa de Inovação está dando certo e em 2024 já está desenhado o projeto todo, onde o novo ciclo vai ser com a televisão.

O ano de 2023 foi bem difícil. Se você olhar os juros reais do país, é difícil um empresário querer investir em alguma coisa sabendo que ele pode ganhar dinheiro colocando dinheiro no mercado financeiro. Então, isso atrapalha muito os nossos negócios, mas a gente tem dois fatores importantes: um é o crescimento do PIB, que esse ano até vai ser razoável, ele também tem essa questão dos investimentos.

Mas, sob outro aspecto, eu acho que 2023 foi um ano de consolidação de vez da nossa relação com a Globo. Isso foi muito importante, superimportante. A gente se aproximou como nunca da Globo e participamos de todos os projetos que a Globo fez. Isso para nós é muito representativo, porque 75% do nosso negócio está na televisão.

O Jornalismo também teve destaques, não é mesmo?!

Claro. Teve os nossos prêmios que ganhamos. Essa parceria com a Google, no projeto “Impacto que Importa”, é algo que eu acho fantástico. Isso porque não adianta só a gente ficar aqui querendo medir impacto; a gente tem que ter certeza de que o conteúdo que a gente está fazendo está gerando influência mesmo na sociedade, para as pessoas, que é o nosso objetivo maior.

Também foi um ano importante da consolidação aqui do nosso trabalho e do jornalismo. Tivemos a mudança do nome dos telejornais (Gazeta Meio Dia e Boa Noite ES), que foi importantíssimo para a gente aqui, até em questões de planejamento de investimentos futuros para a renovação do parque tecnológico da empresa.

E, pra concluir, houve a mudança da chefia na Redação, do editor-chefe de A Gazeta e CBN Vitória. Muito bom ter sido o Geraldo Nascimento, ele é uma pessoa que vem também da Residência de Jornalismo, ele participa de vários projetos aqui na empresa, é um cara muito profissional, muito bom e muito proativo. Ele tem uma visão holística de tudo que está acontecendo aqui. É legal a gente privilegiar a prata da casa, e ele assume essa posição que é superimportante aqui no Estado.

Este ano de 2024 também é importante para o Projeto G2025. Para quem não o acompanha tão de perto, você pode explicar o objetivo?

A diretoria de Mercado é uma diretoria muito grande aqui na empresa e é muito importante para resultados financeiros da organização. Então a gente tem, sob o mesmo guarda-chuva, Comercial, Marketing, Estúdio Gazeta, Projetos e Eventos… e quando nós desenhamos o G2020, lá em 2017, era um desenho que a gente fez para que a gente pudesse juntar os nossos veículos e ter uma área comercial para atender o Mercado de forma unificada.

No finalzinho do ano retrasado (2022), por várias mudanças que aconteceram aqui, principalmente pelo crescimento da área de Projetos e Eventos – que era uma área pequenininha e hoje virou uma área gigantesca, responsável por mais de 25% da nossa receita – vimos que era hora de revisitar o G2020.

Chamamos o mesmo grupo que fez a consultoria para a gente, a Integration, para fazer uma revisão da nossa estrutura para ver se está compatível, para ver se a gente está atendendo o mercado bem, para ver se tem algum ajuste para fazer, olhar processos, porque essa questão do aumento dos nossos projetos e eventos, elas têm um efeito colateral.

É um trabalho de eficiência, de revisão, para ver se a gente está de fato atendendo a esse novo mercado, como a gente deveria, e cuidar dessa parte toda de controle. O mercado mudou, a Gazeta também tem que mudar.

Para 2024, quais são as expectativas com relação aos negócios da Rede?

Vai ser um ano maravilhoso aqui para a Rede Gazeta. Acho mesmo, estou muito otimista. De novo, a gente fez uma engenharia financeira que vai ter equilíbrio nas nossas contas aqui, acho que vai ser um ano muito bom de resultado para organização.

Vamos ter a consolidação da TI Integrada, que é um ponto importante, um ajuste sobre um ponto que até então era pouco integrado e alinhado. Além disso, vamos mais uma vez cobrir o Carnaval de Vitória, que é um evento superimportante para a sociedade capixaba, como também a Festa da Penha, os festivais de música, como o de Alegre e o Vital.

A TV deve crescer bastante (em receita), talvez mais até do que a gente imagina, do que a gente orçou. A Rádio está indo super bem, já recuperou até o que perdeu aí na pandemia. E o digital, a expectativa é enorme aí com a governança da Elaine. Essa nova governança e o trabalho que a gente vai fazer, eu acredito que vai ser um ano muito bom.

Vê impactos possíveis pelo fato de ser um ano de eleições municipais?

Quando tem eleição, o trabalho do nosso jornalismo fica mais visível e valorizado. A gente sabe que sempre é, mas acho que fica mais em evidência o trabalho que a gente faz como imprensa.

Há uma preocupação enorme sobre essa questão de inteligência artificial, ao mesmo tempo que eu acho que é uma grande oportunidade, eu também acho um risco enorme para a gente sobre o que pode ser feito de errado com IA.

Para a gente encerrar, se você fosse elencar uma ou duas grandes palavras-chaves para o ano de 2024, aquelas a que todos os funcionários da Rede Gazeta precisam estar atentos, quais seriam?

A primeira é inovação, sem dúvida nenhuma. Inovação é tudo hoje. A empresa precisa reciclar, inovar, pensar em coisas novas, pensar em coisas diferentes. A gente tem tudo o que a gente precisa aqui, tem todos os recursos que a gente precisa. A gente tem dinheiro, a gente tem infraestrutura, a gente tem pessoas, tem gente talentosíssima aqui dentro.
Eu sempre sou defensor de uma empresa mais integrada, todo mundo trabalhando integrado, de uma maneira que um contribua com o outro. Acho que a integração positiva, não adianta dizer, vamos juntos aí, não é isso. É trabalhar de forma integrada, olhando para o futuro com uma visão de que estamos juntos, juntos e contribuindo juntos.

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