Instituições repudiam ataque contra equipe de reportagem durante protesto no Bairro da Penha, em Vitória

Confusão ocorreu ao vivo durante o programa ESTV 1ª edição da TV Gazeta

Por Rede Gazeta - atualizado em 07/11/2016 as 15:41

TV Gazeta

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Carro usado pela equipe foi depredado por um grupo

O Sindicato dos Jornalistas no Estado do Espírito Santo, a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), a  Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ) repudiaram os ataques sofridos pela equipe de reportagem da TV Gazeta, nesta terça-feira (25), em Vitória. Os profissionais foram até o acesso do Bairro da Penha, no final da manhã, para reportar ao vivo o protesto pela morte de um morador da região.

Munido com pedaços de pau e pedras, um grupo de aproximadamente 20 pessoas depredou o carro da emissora. Repórter, cinegrafista e dois operadores técnicos precisaram se esconder dentro de um estabelecimento comercial da região. Ninguém se feriu.

Veja nota completa do Sindicato e da Federação

“O Sindicato dos Jornalistas no Estado do Espírito Santo e a Federação Nacional dos Jornalistas vêm a público repudiar e lamentar a violência sofrida nesta manhã por jornalistas que foram ao Bairro da Penha, em Vitória/ES, a convite dos próprios moradores para ouvir a versão da comunidade sobre a morte de um morador. Durante a cobertura, um grupo de pessoas ameaçou os jornalistas e também quebrou o carro de uma emissora de televisão.

Segundo a polícia, o rapaz foi morto ao reagir a uma abordagem policial. A comunidade do Bairro da Penha nega esta versão e diz que o rapaz foi assassinado por um policial durante a ação da PM. A imprensa subiu o Bairro da Penha para mostrar todos os lados desta história que começou na manhã desta terça-feira, fechou lojas e destruiu carros na Avenida Leitão da Silva. O trabalho do jornalismo é apurar e relatar os fatos. Para isso, os profissionais precisam ser respeitados e não cerceados ou ameaçados, como ocorreu. Quem perde com esse tipo de atitude é a sociedade que deixa de ser informada.

O Sindicato dos Jornalistas também orienta os profissionais que não se arrisquem neste tipo de cobertura. Cabe às empresas de comunicação garantir a segurança de seus jornalistas, não colocando em risco a vida de seus profissionais, e aos órgãos de segurança pública proteger os trabalhadores e a comunidade”.

Veja nota enviada pela ANJ

“A Associação Nacional de Jornais condena os ataques às equipes da TV Gazeta e da TV Vitória que faziam a cobertura de uma operação policial nos bairros da Penha e Itararé, em Vitória (ES), na manhã desta terça-feira (25/10).

O incidente ocorreu depois que um rapaz morreu em suposta luta corporal com um policial. Revoltados, alguns moradores passaram a hostilizar as equipes. Os profissionais da TV Gazeta (integrante da Rede Gazeta, que edita os jornais A Gazeta e Notícia Agora) foram obrigados a se refugiar numa loja, enquanto o carro da reportagem era depredado juntamente com outros veículos e estabelecimentos comerciais. Já o repórter e o cinegrafista da TV Vitória foram ameaçados por 25 indivíduos que os cercaram, um dos quais os ameaçava com uma faca enquanto outros tentavam agredir o cinegrafista a socos.

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) considera inadmissível que atos de violência como esse sejam praticados contra profissionais que cumpriam seu dever de informar a sociedade, ao mesmo tempo em que reclama das autoridades a proteção policial necessária à segurança pública”.

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Carro usado pela equipe foi depredado por um grupo

Veja a nota da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT)

“A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) considera muito graves os ataques sofridos pela equipe de reportagem da TV Gazeta, afiliada da TV Globo, em Vitória (ES), nesta terça-feira (25). Durante cobertura do confronto entre traficantes e policiais no bairro do Itararé, o repórter Fábio Linhares, o cinegrafista Luciney Araújo e dois operadores técnicos da emissora foram agredidos por um grupo de 30 pessoas munido com pedaços de pau e pedras. Também o carro da TV Gazeta foi depredado no ataque.

A equipe da TV Gazeta foi obrigada a deixar o local e se proteger em uma loja da região. O protesto foi gerado pela morte de um adolescente, que levou um tirou durante confronto com policiais militares no bairro. A ABERT condena qualquer tipo de violência contra jornalistas, especialmente no exercício da profissão e pede às autoridades responsáveis a rigorosa apuração e punição dos agressores. É inadmissível que a imprensa seja alvo de ataques que tentem impedir a livre informação sobre fatos de interesse da sociedade”.

 Veja as matérias:
Equipe da TV Gazeta tem carro depredado em protesto em Vitória
Carro da TV Gazeta é depredado em protesto nos bairros da Penha e Itararé

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