“É preciso despertar no cliente os melhores valores do ser humano”, disse especialista sobre marcas

A premiada Christina Carvalho e o representante dos shoppings no Brasil, Glauco Huma, participaram do Workshop de Marcas da TV Gazeta

Por Ismael Inoch - atualizado em 07/11/2016 as 15:42

Ismael Inoch

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Christina Carvalho

A TV Gazeta reuniu clientes, representantes do mercado, publicitários gestores de agências, profissionais de marketing e demais convidados na primeira edição do Workshop de Marcas. O encontro lotou o auditório da Rede Gazeta, nesta quinta-feira (27), em Vitória. A discussão sobre a construção de marcas alertou sobre a responsabilidade em manter relacionamento com o público e a dedicação aos valores humanos no legado das empresas.

“Esse tipo de iniciativa é para contribuir com o sucesso dos nossos parceiros. Lá fora não está fácil para ninguém. A intenção é inspirá-los durante os processos de trabalho”, destacou o diretor executivo da TV Gazeta, Celso Guerra. “O cenário é de instabilidade, mas precisamos pensar de que forma vamos ficar daqui para frente”, completou o diretor presidente do sindicato das Agências de Propaganda do Espírito Santo (Sinapro-ES), Luiz Roberto Campos da Cunha.

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Celso Guerra

A presidente e sócia do Grupo Full Jazz de Comunicação (SP), Christina Carvalho, deu início ao workshop com uma palestra sobre a formação das marcas e a vida delas mercado. “Bem ou mal, por onde nós passamos deixamos marcas da gente. Por causa disso, precisamos nos preocupar com o legado que as empresas vão deixar para a história”, disse a especialista eleita duas vezes pelos assinantes da revista Forbes “A mulher mais influente do Brasil no setor de Marketing e Publicidade”.

Segundo ela, a melhor estratégia para a sobrevivência e crescimento de uma marca está na sinceridade com o cliente. Seria insustentável se vender de uma forma e agir de outra. “A marca é um ser vivo. Como qualquer ser vivo, ela precisa se relacionar, com base na confiança e na verdade. Tem marca por aí que fica presa ao momento de sedução durante a relação com o público e não desenvolve. Um relacionamento compartilha o que vale a pena”, alertou a especialista.

Ainda de acordo com Christina, a visão de uma empresa deve estar focada na existência de pessoas atrás dos processos. “A ideia é despertar no cliente os melhores valores do ser humano. As marcas precisam trazer discursos inspiradores aos outros. Quem faz dessa forma recebe aceitação e sobrevive”, sugere.
Sobre a crise, a convidada reforçou que o momento é de decisão. “Não há cenário a ser reinventado. A realidade é uma expressão física do que passa na mente do ser humano. Se a mente não muda, nada muda”, disse.

Dificuldades dos shoppings em atrair investidores

O presidente da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), Glauco Humai, também participou do encontro e fez um balanço sobre a atuação no Brasil. Ele disse que os investidores cortam um dobrado para abrir novos negócios por aqui. “Os governos burocratizam os processos, cobram altos impostos e a consequência disso é o afastamento até de investimentos internacionais”, explicou.

O palestrante reforçou que a abertura de centros comerciais desenvolve o varejo e as marcas. “É um setor que traz desenvolvimento para os municípios onde se instalam e geram empregos. Os estabelecimentos aumentam a autoestima da população e proporciona, também, aumento das possibilidades de entretenimento. Shopping é sinônimo de progresso”, destacou.

O primeiro Workshop de Marcas fez parte da programação de aniversário de 40 anos da TV Gazeta. A próxima edição está marcada para o mês de novembro deste ano.

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